TCC História de Alagoas

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    Escravidão em Viçosa: um roteiro histórico
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2023-07-01) Vasconcelos Sobrinho, Julio Caio Cesar Rodrigues; Silva, Amaro Hélio Leite da; Lima, Ábia Denise Marques Pinheiro de; Silva, Gian Carlo de Melo
    O presente artigo tem por finalidade apresentar um roteiro sobre o período da escravidão no Município de Viçosa, Estado de Alagoas. Nossa revisão da história local possui a pretensão de resgatar documentos e fatos do regime escravocrata. Tal revisão tornou-se realizável após pesquisa em cartórios, institutos históricos e arquivos públicos, aliada a uma pesquisa bibliográfica especializada sobre o tema da escravidão.
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    Formação Histórica do Turismo em Marechal Deodoro: os festivais de verão na década de 1970
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2023-06-17) Vicente, Tâmisa Ramos; Machado, Fabiano Duarte; http://lattes.cnpq.br/2063267245239005; Bianchetti, Thiago Angelin Lemos; http://lattes.cnpq.br/0569269372564048; Vasconcelos, Daniel Arthur Lisboa de; http://lattes.cnpq.br/0631131330512728
    O presente artigo tem como objetivo discutir um momento pontual da formação histórica do desenvolvimento do turismo no município de Marechal Deodoro, localizado a 30 quilômetros de Maceió, Capital de Alagoas. Portanto, nesta pesquisa, buscou-se compreender as contribuições dos Festivais de Verão para o desenvolvimento da atividade turística no município deodorense, traçando marcos das políticas públicas de governo ocorridas na década de 1970. Para tanto utilizamos metodologia de cunho exploratório e descritivo, realizando uma revisão bibliográfica e a realização de uma entrevista com uma das organizadoras no evento, com a intenção de reconstruir os caminhos percorridos pelos eventos ligados ao Turismo no município durante o período estudado. Percebeu-se portanto que a forma com que esses eventos foram realizados no município, que não houve envolvimento da comunidade local, sobre os caminhos a serem seguidos tanto nas ações culturais quanto turísticas, deixando a população de Marechal Deodoro como mero observador, em um papel de passividade às atividades realizadas.
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    Casa de taipa: habitação de negro e pobre no poxim tão antigo e tão atual
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-06-07) Santos, Robson Williams Barbosa dos; Guimarães, Gerson Maciel; http://lattes.cnpq.br/6606878368805335; Calazans, Denis Rocha; http://lattes.cnpq.br/2551443152410199; Silva, Gian Carlo de Melo; http://lattes.cnpq.br/6816194135811718
    A casa de taipa é considerada uma técnica de arquitetura vernacular que surgiu na África e foi levada para a Europa através do Império Romano, chegando ao Brasil através do processo de colonização com os portugueses. No início do processo de colonização, a taipa passa a ser habitada por senhores de engenho, nos séculos XVI e XVII, não temos registros históricos de quando começou a serem erguidas, o que sabemos é que as casas de taipas se tornaram mais usada no Norte do Brasil, principalmente, na faixa litorânea, por conta do desenvolvimento da lavoura de cana-de-açúcar. Com o passar do tempo, surgiram novos materiais de construções que foram inseridos na edificação das casas de taipas e, com isso, a primeira forma de construção das casas de taipas rústicas ficou para as pessoas pobres e negras, já que os senhores de engenho passaram a fazer suas casas de taipa mais moderna e robustas. Por esse motivo, mostraremos, resumidamente as duas formas de habitações, as mais abastadas e as habitações mais populares, construídas por uma população pobre e negra em Alagoas, que é o Poxim, que no período colonial era chamada de Vila Real de São José do Poxim, que contavam com a presença do negro para o pesado trabalho nas lavouras de cana e no fabrico do açúcar, e ao mesmo tempo, eram a mão de obra predominante naquele espaço rural e urbano, cercado pelos canaviais e belíssimas construções coloniais.
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    Reformar as Cidades, vigiar os indivíduos: o código de posturas municipal como instrumento de controle social Maceió (1835-1870)
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-07) Figueira Junior, Oseas Batista; Guimarães, Gerson Maciel; http://lattes.cnpq.br/6606878368805335; Silva, Geice Queila de Lima; http://lattes.cnpq.br/1473328210731668; Lima, Jose Roberto Santos; http://lattes.cnpq.br/2602942466421097
    No início do século XIX, o pensamento médico higienista ganha força no Brasil como aquele tipo de conhecimento que iria, através de algumas ações consideradas emergenciais, colocar esta sociedade no caminho da civilização. Essas ações também livrariam o cotidiano oitocentista da presença das grandes epidemias de cólera, febre amarela e varíola, que tanto traziam pânico aos habitantes das cidades vilas e povoações. Uma nova prática médica filha desse tempo, onde em vez de anular a morte como em outros séculos, procurava exterminar as epidemias calculando seu perfil, sua origem e introduzindo uma possível cura. Neste contexto, elevou-se a figura dos doutores, que deixaram de depender da remuneração individual, para viver do seu trabalho como cientista e financiado pela nação e formado nas universidades, intervia na realidade e a transformava. Assim, para alcançar tal status, esses higienistas formados tanto na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, como na Faculdade de Medicina da Bahia, passaram a observadores do espaço urbano, imprimindo-lhe as marcas do seu poder. Além das Academias Reais de Medicina, a influência do pensamento higienista foi sentido também através da criação de um importante órgão, a Junta Central de Higiene Pública no Rio de Janeiro em 1850. Esta instituição, a partir dos seus respectivos doutores, passou a desempenhar um importante papel, sendo quase sempre consultada quando o assunto era higiene urbana. Suas ações infiltraram-se no senso comum das camadas sociais dominantes, médias e subalternas, constituindo uma influente opinião pública favorável a todo tipo de melhoramento que transformasse o insalubre em moderno. E é centrado nessas problemáticas de mudanças nos costumes da população pobre do século XIX, que este artigo intitulado: Reformar as cidades, vigiar os indivíduos: o código de posturas municipal como instrumento de controle social sobre os indivíduos Maceió (1835-1870), tem como objetivo investigar as modificações cotidianas impostas pela crença higienista em Maceió, identificando a disciplina sobre o espaço e grupos sociais específicos como; mulheres, escravos ganhadores, prostitutas, loucos e mendigos. Desta forma, a partir de um diálogo interdisciplinar entre História, Direito Criminal e a Medicina Social, será possível analisar como esse pensamento construiu um discurso de que, os habitantes das cidades brasileiras, além de estarem em um ambiente insalubre, constituíam um grupo social formado à margem da sociedade civil. Entendido nosso contexto social, destacamos que para traçar nosso objetivo necessitamos da apropriação de alguns conceitos, sendo esse nosso tratado teórico metodológico. Assim, para conseguir os objetivos aqui elencados, utilizaremos o conceito de medicina social trabalhado por Michel Foucault, que foi aplicado no Brasil neste período. Tal procedimento procurou organizar as cidades adequando às populações com princípios diretos de higienização, como a descontaminação do ar e da água, uma melhor destinação de dejetos, alargamento de ruas, e a construção de cemitérios públicos, medidas sociais que para os médicos envolvidos nesta crença, iria livrar esta sociedade das epidemias e do estado “bárbaro” em que em que viviam seus habitantes. Deste modo, para entender o discurso higienista acerca dos indivíduos, recorreremos as problemáticas discutidas por Guimarães Passos pertinentes a expressão “classes perigosas” demonstrando a origem do conceito e como ele se aplica em nossa abordagem, a partir das fontes historiográficas utilizadas aqui. Nisto, outro pressuposto teórico importante que norteará nosso trabalho é o de espaço, sendo um elemento não neutro, e vinculado a uma prática social que possui uma intencionalidade. Na análise das iconografias presentes nesta pesquisa, adotaremos o método explicado por Carlo Ginzburg na utilização dos testemunhos figurativos (pinturas) como fontes históricas. Tratando-se especificamente da análise iconológica e iconologia crítica, que procura uma classificação dos conteúdos representativos das imagens. Assim, as imagens serão interpretadas não como campo de um saber fechado, mas um movimento que requer todas as dimensões antropológicas do ser e do tempo. Desta forma, está prática tem uma relação direta com a história da arte, visto que em nosso estudo, utilizaremos os trabalhos de Georges Didi-Huberman. Por fim, destacamos que além do objetivo científico aqui traçado, esta pesquisa trata-se de uma tentativa de diálogo entre a historiografia, que é o produto final do ofício do historiador, ou conjunto de obras históricas produzidas em um determinado contexto, com o Direito, como prática analítica da sociedade, ou estudo da compreensão das normas postas pelo Estado ou pela natureza do Homem, em nosso caso, o Estado Imperial Brasileiro e as leis aplicadas nesse período.
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    A construção da mudança na historiografia indígena de Alagoas
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-07) Melo, Marineide da Silva; Silva, Amaro Hélio Leite da; http://lattes.cnpq.br/0318967074428573; Almeida, Luís Sávio de
    Terminamos a graduação, mas não nos aprofundamos nas questões indígenas. Alguns anos depois, ensinando a disciplina de história em uma escola pública do nosso estado, observamos que os livros didáticos não contemplavam os povos locais e, em grande parte, não falavam das questões atuais, ou seja, não colaboravam para o entendimento acerca das dificuldades que os povos indígenas viveram e ainda vivem. Quando tivemos conhecimento da oferta de pós-graduação em História de Alagoas, vimos a possibilidade de ampliar o conhecimento sobre eles. Cursando as primeiras disciplinas, com o conhecimento da Coleção Índios do Nordeste: temas e problemas – e mais conscientes acerca das nossas limitações como pesquisadores –, nos propusemos a estudar as mudanças ocorridas em Alagoas, na abordagem da temática indígena, sobretudo enfocando a Coleção mencionada.
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    Apontamentos sobre a atuação dos poderes eclesiásticos e inquisitoriais em "Alagoas" durante a Guerra Neerlandesa (1635-1637)
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-06-28) Queiroz, Jadson Ramos de; Santos, Josival Nascimento dos; http://lattes.cnpq.br/4906092488534873; Calazans, Denis Rocha; http://lattes.cnpq.br/2551443152410199
    O presente trabalho tem o objetivo de analisar como os poderes eclesiásticos agiram em “Alagoas” a partir dos impactos causados pela guerra entre os neerlandeses e os luso-brasileiros entre 1635 e 1637. Por meio das fontes do Tribunal do Santo Ofício são averiguadas as formas de articulações institucionais entre este tribunal e o corpo eclesial, em especial a figura do episcopado sediado na Bahia. Observou-se que mecanismos foram utilizados para o disciplinamento social, seja no aspecto interno da instituição, ou da população em termos amplos. O uso das ferramentas propostas pela microanálise, em seu aspecto de variação de escala, compõem os métodos de análise das fontes. Desta forma, foi possível articular características macro e micro, individuais e coletivas, de instituições e de sujeitos, notando suas possibilidades de articulações e arranjos sociais.
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    Os ecos das correntes: a historiografia e as narrativas da resistência em Penedo(Al)
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-06) Silva, Jéssica Luiza Correia da; Marpin, Ábia; http://lattes.cnpq.br/2176062787929239; Silva, Geice Queila de Lima; http://lattes.cnpq.br/1473328210731668; Silva, Amaro Hélio Leite da; http://lattes.cnpq.br/0318967074428573
    O presente trabalho possui como objetivo discutir e problematizar as histórias contadas popularmente sobre a Igreja de Nossa Senhora da Corrente, localizada na cidade de Penedo (AL). Muitas foram as narrativas encontradas acerca da construção e dos significados sociais dessa igreja, contudo, uma dessas narrativas se estabeleceu como a mais aceita por parte da sociedade e pelos intelectuais penedenses. Visto que parte considerável destes relatos encontrados durante a pesquisa apontam a igreja como um espaço de resistência à escravidão e à inquisição, um dos eixos analíticos da investigação serão os efeitos da construção e da circulação dessas narrativas. A Igreja de Nossa Senhora da Corrente é narrada pelos guias turísticos da cidade como um espaço que serviu de refúgio aos indivíduos negros que estavam escapando da situação de escravização no território de Penedo (AL). Segundo documentos que encontramos no Museu Casa do Penedo, a construção da igreja foi iniciada por volta de 1720, tendo sido concluída no início do século XIX pela família Lemos, apontada como uma família branca e abastada, ainda segundo esses documentos, que contribuiu para a construção da igreja. A igreja apresenta um detalhe bem particular em sua arquitetura: uma passagem em uma das paredes ao lado do altar, onde, de acordo com a narrativa dos guias turísticos e também de documentos do museu, eram escondidas as pessoas que estavam em situação de fuga da escravização.Na historiografia, a narrativa popular é reproduzida. Segundo Nilo Sérgio Pinheiro (1997), estas pessoas ficavam escondidas ali até que fosse possível conseguir cartas de alforria falsificadas, e assim “chegavam à cidade na esperança de embarcar para o sul do país e, com isso, ganharem uma vida diferente e distante dos açoites e de perversidade de seus antigos senhores” (1997, p. 06). A seguir, as narrativas populares e turísticas existentes na cidade serão listadas e problematizadas, a partir de uma questão norteadora: elas podem atuar como fortalecedoras de um pensamento colonialista e racista, que coloca o homem branco na posição de bondoso e caridoso e que coloca o negro na posição de alguém que precisa ser salvo? Essa questão considera as narrativas turísticas como o resultado da ausência de reflexão sobre os efeitos dos discursos construídos baseados no racismo.
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    Sem nome e sem sobrenome: um estudo de caso do Instagram arquivo digital de Viçosa(Al)
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-06-29) Araújo, Hellen Christina da Silva; Marpin, Ábia; http://lattes.cnpq.br/2176062787929239; Silva, Geice Queila de Lima; http://lattes.cnpq.br/1473328210731668; Carvalho, Mônica
    Este artigo é um estudo de caso da conta vinculada a rede social Instagram, nomeada Arquivo digital de Viçosa. Busquei através das imagens postadas, analisar e compreender dinâmicas de perpetuação de uma escrita estamental, no contexto contemporâneo.
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    O Oeste alagoano e o pensamento da historiografia tradicional
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-08) Nascimento, Edvaldo Francisco do; Almeida, Luiz Sávio de; http://lattes.cnpq.br/3602986631837365; Cruz, José Vieira da; http://lattes.cnpq.br/1801094730094239; Guimarães, Gerson Maciel; http://lattes.cnpq.br/6606878368805335
    Este artigo discute obras da historiografia sobre o estado de Alagoas: História de Alagoas, de Craveiro Costa, e, especialmente, História de Alagoas e o Baixo São Francisco: o rio e o vale, de Moreno Brandão. O texto analisa com maior pormenor o trabalho de Brandão buscando pensar sobre a seguinte questão: como esses livros abordam a região oeste dentro da formação histórica alagoana? Como fundamentação teórica, utilizou-se a tese do professor Luiz Sávio de Almeida sobre o “pacto do açúcar”, compreendendo-o como uma rede de interligação radical entre poder, propriedade e tipo de produção, vinculados especialmente ao leste alagoano, mata e litoral, que assumiram o controle do comando provincial. Conclui-se que predomina na historiografia tradicional uma valorização do leste em detrimento do estudo sistemático da historiografia do oeste. O poder encaminhou os rumos desses estudos históricos. Essa predominância de uma interpretação de Alagoas, inclinada para o leste, produziu um vazio, uma ausência, podendo-se dizer um “buraco negro” nas leituras sobre Alagoas. Portanto, Moreno Brandão e Craveiro Costa são dois autores fundamentais e inaugurais do que se chamará de consolidação da historiografia de Alagoas. Ambos são das primeiras décadas do século XX e a grande novidade que trouxeram foi o rompimento com o almanarquismo e com a tendência das monografias.
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    Os Malês na Cidade de Penedo e o silêncio dos espaços de memória
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-05) Santos, Eudson Silva dos; Marpin, Ábia; http://lattes.cnpq.br/2176062787929239; Bianchetti, Thiago Angelin Lemos; http://lattes.cnpq.br/0569269372564048; Fernandes, Clara Suassuna; http://lattes.cnpq.br/8548216840649489
    O presente artigo tem como objetivo historicizar a presença de africanos islamizados em Alagoas, desde ainda sul da capitania de Pernambuco em 1815, com a organização de uma revolta urbana na cidade de Penedo até o ano de 1888. Desse modo, nossa análise se fundamenta, a princípio, em que dois testamentos, de Bebiana e Benedicto, lavrados no cartório da cidade, o relato etnográfico de Mello Moraes sobre “festa dos mortos”, ritual fúnebre malê e um registro fotográfico, tirado pelo Dr. Carvalho Sobrinho, com pessoas trajando indumentários com características muçulmanas, demostrando a presença de um grupo social organizado. No segundo momento do artigo, buscamos refletir a respeito da trajetória dos museus no Brasil, especialmente, em Alagoano século XIX, e como a Semana de Arte Moderna de 1922 trouxe novas perspectivas para a política museal acional. A cidade de Penedo é contextualizada e os seus espaços de memórias são identificados. São analisadas as suas exposições permanentes, com a tentativa de perceber suas falas e seus silêncios sobre a representação da história da população negra muçulmana da cidade.
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    Da cana-de-açúcar ao turismo: desenvolvimento desigual e combinado na política econômica de Maragogi/Al
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-08) Soares, Artemísia dos Santos; Machado, Fabiano Duarte; http://lattes.cnpq.br/2063267245239005; Kaspary, Manuela Grace de Almeida Rocha; http://lattes.cnpq.br/2793287678822890; Lima, Matheus Carlos Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/7074571090094001
    O município de Maragogi preteritamente foi território socioeconômico e político quase exclusivo da cana-de-açúcar. Esta realidade iniciou sua mudança com o término da construção da rodovia AL-101 Norte, em 1979 e, em seguida, com as ações resultantes do PRODETUR. Para além das forças exógenas ao lugar que exigem e implantam novas territorialidades, há os fatores endógenos construídos historicamente que singularizam a maneira como tais territorialidades se realizam ali. Sob esta perspectiva, teve como objetivo refletir sobre as forças político-econômicas e as contradições estruturais que sustentam o crescimento da atividade turística em Maragogi/AL buscando caracterizar historicamente o processo de reprodução da opressão a partir da divisão territorial do trabalho decorrente da cultura canavieira. Concluiu-se a partir da teoria do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo que há forças agindo no território gerando particularidades e (re)agindo às forças globalizantes conforme seus interesses, no caso estudado, percebe-se que o Estado e em particular os grupos de interesse estreitamente vinculados aos atores corporativos constituídos historicamente a partir da cultura canavieira têm reproduzido no turismo um papel estratégico para determinação das configurações econômicas e espaciais do desenvolvimento do turismo, assim como a distribuição dos seus resultados.
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    "Farinha nossa de cada dia!": mandiocultura e relações de trabalho Xukuru-Kariri no Posto Indígena Irineu dos Santos 1952-1967)
    (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-05-12) Rocha, Adauto Santos da; Silva, Amaro Hélio Leite da; http://lattes.cnpq.br/0318967074428573; Almeida, Luiz Sávio de; http://lattes.cnpq.br/3602986631837365; Peixoto, José Adelson Lopes; http://lattes.cnpq.br/0073629440988196
    Em 1952, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), por intermédio de agentes estatais, lideranças indígenas e aliados ligados à Igreja Católica Romana e a outras instuições, reconheceu etnicamente o povo indígena Xukuru-Kariri e adquiriu uma faixa de terras em Palmeira dos Índios, município do Agreste/Semiárido de Alagoas, culminando na formação da Aldeia Fazenda Canto. O SPI atuou naquela região até 1967, representado pelo Posto Indígena Irineu dos Santos. A partir de então, as ações indigenistas do Estado tornaram-se responsabilidade da Fundação Nacional do Índios (FUNAI). Portanto, nesse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), discutimos as relações trabalhistas envolvendo os indígenas Xukuru-Kariri e o Estado brasileiro durante a atuação do SPI, centrando em experiências indígenas na casa de farinha e nas plantações de mandioca da Aldeia Fazenda Canto ao longo do período anteriormente mencionado, buscando refletir sobre as diversas formas de exploração da mão de obra indígena e de como um estudo sobre as atuações Xukuru-Kariri na mencionada unidade produtora poderia revelar outras faces dos mundos do trabalho na segunda metade do século XX. Para tanto, realizamos pesquisas documentais em diversas instituições, com destaque para o acervo do Museu do Índio (Rio de Janeiro); acervo do Grupo de Pesquisas em História Indígena de Alagoas (GPHIAL) e acervo Carlos Estevâo de Oliveira, pertencente ao Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). Dialogando com uma bibliografia que reconhece os ativos papéis ocupados pelos povos indígenas na História, acreditamos que esse texto contribue para revelar contextos históricos que foram, por muito tempo, esquecidos por historiadores e especialistas no tema.