Teses e Dissertações
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Navegando Teses e Dissertações por Orientador "Araujo, Daniel de Magalhães"
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Item Boas práticas de manipulação, condições higiênico-sanitárias e composição mineral de sururu (Mytella falcata) comercializado em feiras livres de Alagoas(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-29) Lucena, Vívian da Silva Santos; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Freitas, Johnnatan Duarte de; http://lattes.cnpq.br/4999402869058858; Lopez, Ana Maria Queijeiro; http://lattes.cnpq.br/4034568781881997; Tamano, Luana Tieko Omena; http://lattes.cnpq.br/4206868438935017O sururu (Mytella falcata) é o principal recurso pesqueiro do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), sendo produto fundamental para a geração de renda para dezenas de milhares de famílias que vivem no entorno das lagunas. Além da sua propensão natural a acumular contaminantes presentes no meio aquático, como metais tóxicos, a manipulação do sururu é inadequada, desde as etapas subsequentes à sua coleta até a sua disposição nos locais de comercialização. Com o presente trabalho, teve-se como objetivo realizar um diagnóstico das boas práticas de manipulação (BPM), das condições higiênico- sanitárias e da composição mineral do sururu em feiras livres dos municípios banhados pelas lagunas que compõem o CELMM. Para tanto, preparou-se e aplicou-se uma checklist a fim de orientar a observação das condições higiênicas das instalações, equipamentos e utensílios utilizados, manipulação e forma de exposição do produto, vestuário e utilização de equipamentos de proteção individual, destinação de resíduos, dentre outros, nas feiras de Maceió (Tabuleiro), Marechal Deodoro, Pilar, Satuba e Rio Largo. Para a investigação dos minerais, foram adquiridas amostras de todos os pontos de venda encontrados nas feiras dos municípios supracitados. Após procedimentos para obtenção dos extratos por digestão ácida, foram analisadas as concentrações de ferro (Fe), cobre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn), utilizando a técnica de espectrofotometria de absorção atômica, e de chumbo (Pb), seguindo o protocolo correspondente do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (SMEWW). Através da checklist proposta e aplicada, foi possível classificar as condições higiênico-sanitárias em todas as feiras visitadas como insatisfatórias. Apesar disso, é válido destacar que as maiores porcentagens de adequações foram observadas na feira de Rio Largo, onde a cessão do espaço para comercialização foi condicionada à participação em curso de capacitação em BPM de alimentos ofertado pelo município. A pesquisa envolveu, ainda, a aplicação de questionário para caracterização socioeconômica dos feirantes. Constatou-se a predominância de feirantes do sexo feminino, com baixa escolaridade, a venda de sururu e/ou outros pescados como única fonte de renda, alcançando com esta renda valor próximo a um salário mínimo. Quanto à composição de microminerais, as maiores concentrações em todas as amostras foram de ferro, superando em mais de quinze vezes os valores detectados de cobre, manganês e zinco. Já em relação ao metal tóxico chumbo, as amostras estiveram dentro do limite permitido em moluscos bivalves. Os resultados obtidos com este trabalho confirmam a importância do sururu, enquanto meio de vida, para inúmeras famílias que o comercializam em feiras livres e reforçam a necessidade de um esforço conjunto, dos feirantes e dos responsáveis pela gestão desses espaços, para proporcionar à população dessas localidades um ambiente propício à comercialização segura de alimentos. Além disso, faz-se necessário que as autoridades competentes investiguem continuamente os níveis de elementos-traço de alta toxicidade no CELMM, para que os benefícios do consumo de sururu pela população não sejam contrapostos pelo risco de contaminação.Item Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) de Alagoas: da gênese aos usos(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-27) Ferreira, Tarciéri de Souza; Romero, Renato de Mei; http://lattes.cnpq.br/9857771457585862; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Melo, Joabe Gomes de; http://lattes.cnpq.br/5180399418500159; Santos, Poliana dosDiversos setores da sociedade demandam recursos naturais essenciais a manutenção da vida, por isso o equilíbrio entre a utilização e reposição desses recursos é imprescindível. Nesse contexto a criação de áreas protegidas pode funcionar como um excelente instrumento de gestão ambiental especialmente na prestação de serviços ecossistêmicos. As Reservas Particulares do Patrimônio Natural, são unidades de conservação privadas com o objetivo de atingir tais pressupostos. O objetivo deste estudo é entender e caracterizar os processos relacionados a criação e os usos dados a esta tipologia de área protegida em Alagoas. Foi realizado um levantamento de dados (espaciais, bibliográficos, documentais e entrevistas) sobre as reservas. Foram analisadas as informações provenientes de entrevistas com representantes de órgãos públicos e da sociedade civil responsáveis pela criação e implementação, além dos proprietários ou gestores das reservas. Buscou-se com isso identificar três pontos principais: 1. Histórico de criação das RPPNs; 2. Descrição das reservas, com aspectos administrativos e mantenedores, conservação, biodiversidade, ameaças; 3. Usos públicos e privados da reserva. Como resultado esperamos auxiliar na composição de informações científicas sobre as mesmas, uma vez identificada a existência de lacunas em dados de livre acesso em endereços eletrônicos oficiais. Quanto aos resultados parciais obtidos, até o momento, pode-se observar a identificação de todas as setenta e seis reservas existentes no estado, assim como a classificação por domínios e por etapas de criação. A partir disso, foi identificado uma concentração maior de reservas no domínio Mata Atlântica em comparação com o domínio Caatinga. Essa abundância de reservas, principalmente, na Mata Atlântica pode estar ligada a ações de diversos setores: o ministério público, o órgão ambiental estadual, as organizações não governamentais atuantes nesse bioma, assim como a iniciativa do setor agroindustrial, visto que diversas áreas protegidas são de posse das indústrias sucroalcooleiras. Portanto, o surgimento das RPPNs no estado de Alagoas foi motivado por fatores como a própria instituição do SNUC; o incentivo a proprietários através de compensação ambiental, na forma de sugestão de acordo com o IMA e MP; a regularização por meio do decreto 3.050/2006; a necessidade de áreas florestadas para implementação dos projetos de reintrodução de espécies ameaçadas de extinção e as ações de divulgação desta modalidade de reserva entre os proprietários realizadas pelo IPMA. Todos esses fatores somados ao desenvolvimento dos planos Mais RPPNs, Pró-Reservas e todo o esforço realizado pelas ONG’s, assim como um bom relacionamento entre os atores envolvidos para facilitar a desburocratização dos processos nos órgãos públicos foram imprescindíveis para a instalação das RPPNs no estado.