Entre o estético e o político: reflexões sobre o caráter contra-hegemônico da poesia slam
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Data
2022-03-31
Autores
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/6310851520181566
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Editor
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas
Resumo
Nos últimos anos, a poesia slam vem alcançando um espaço crescente, no Brasil, enquanto
modalidade de produção literária. Intimamente ligada à realidade sociocultural de grupos
periféricos e historicamente subalternizados, ela se apresenta, sobretudo, como uma forma de
resistência. Este trabalho pretende, a partir do campo dos Estudos Culturais, principalmente
por meio dos estudos da colonialidade, evidenciar a poesia slam como uma prática cultural de
caráter contra hegemônico, marcada, com base em Mignolo (2008), enquanto uma forma de
“desobediência epistêmica”. A discussão é empreendida, ainda, com base em autores como
Glissant (2005), Curiel (2020), Hall (2006), Evaristo (2019), entre outros. Para a construção
do debate, são tomados alguns textos da coletânea Querem nos calar: poemas para serem
lidos em voz alta (2019), organizada pela poeta Mel Duarte e composta de textos de diferentes
mulheres slammers. Verifica-se que a poesia slam adquire seu caráter contra-hegemônico
numa intersecção necessária de fatores estéticos e políticos, colocando-se como resistência em
relação a discursos historicamente legitimados.
Descrição
Palavras-chave
Slam, Prática cultural, Poesia falada, Spoken poetry, Cultural practice