Desenvolvimento da carcinicultura marinha familiar no agreste de alagoas : avanços e desafios para uma produção sustentável

dc.contributor.advisor-co1Bordinhon, André Moreira
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0982411313292542
dc.contributor.advisor1Araujo, Daniel de Magalhães
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5837261784524743
dc.contributor.referee1Tamano, Luana Tieko Omena
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4206868438935017
dc.contributor.referee2Pontes, Cibele Soares
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/3943018673158703
dc.creatorLemos, Fernanda Gomes
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2455926789413704
dc.date.accessioned2024-11-21T13:16:42Z
dc.date.available2024-11-21T13:16:42Z
dc.date.issued2023-01-23
dc.description.abstractIn Brazil, for many years, the production of marine shrimp was associated with estuarine, apicum, and mangrove regions. However, the last few years have been marked by a pronounced expansion to inland regions, an activity known as marine carciniculture. In the state of Alagoas, Northeast of Brazil, the harsh climate region has the newest Brazilian centers of Litopenaeus vannamei shrimp production in continental waters: Arapiraca, Craíbas, Coité do Nóia, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D'Água Grande and Taquarana. For these municipalities, the activity emerged as an alternative for generation of employment and income for farmers who suffered and still suffer with the decline of agricultural production due to the disuse of land, by the salinization of water from rivers, creeks, and artesian wells. As it is relatively recent in the region, there are few records about its implementation. In view of this, the objective was to characterize the carciniculture in the harsh climate region of Alagoas by the investigation of its participants and its ways of production. To accomplish this task, 40 family farmers were interviewed by using a semi-structured questionnaire. In addition, free observations were made and informal accounts were collected during the years 2020 to 2022. From this, it was found that local carciniculture started a little over three years ago and only in 2018 gained commercial character having presented annual income of up to $ 300,000.00. The activity in the municipalities of Alagoas has been done with the help of technical advice, and with the construction pattern of nurseries from other production centers, similar to the systems implemented in the state of Paraíba. The farmers, with the help of professionals and knowledge acquired over time, have adapted to the new productive activity, when comparing the methodology implemented in harsh climate region of Alagoas with other regions, is possible to identify peculiarities, the ties and bonds created between those involved and the work environment. Some curiosities also draw attention, such as the variations in stocking densities observed in different poles, something common in all poles is the decrease in stocking density in rainy periods, high rainfall that resulted in decreased water temperature, which can contribute to the proliferation of pathogens in the culture environment. The analysis of the questionnaires showed that male family farmers represent 82.5% of the total of producers in the harsh climate region, while women correspond only to 17.5%. Both sexes work in the activity, on average, 8 hours a day. The size of the evaluated farms varies between 1 to 50 hectares, and the ponds built on them are between 1000 m2 and 4000 m2, with an average production of 500 kg to 4500 kg per month per farm. The price per kilogram of shrimp sold varied between $ 12.51 and R$ 13.64, being influenced by the time of the year, among other factors. It was evidenced that the poles with greater productive relevance are: Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci and Limoeiro de Anadia. Among the interviewees, few (17.5%) have carciniculture as their main source of income, in their majority, the family farmers diversify the agricultural production to get enough income for subsistence. From the interviews, it was possible to identify that more than 50% of the owners received technical assistance in the last year. Since this is a fairly new activity, it is still not known for sure which impacts or environmental damage may be caused in the long term by the activity in this region. In this sense, most of the family farmers affirm that they have never been visited by environmental inspection agencies. Despite this, all are aware of the importance of environmental licensing and claim to be a significant step for shrimp production. Regarding the discharge of effluents, most (55%) of the farmers perform water treatment before discharge into water bodies. However, most family farmers (80%) do not consider the water generated from the ponds harmful to the environment. In fact, technical assistance was one of the key factors for the consolidation and success of the productive activity in the region. It was possible to observe from the farmers' reports how starting with technical assistance made all the difference. The data collected from the interviewees were compared with the data collected from the secretaries, it was possible to notice that the environmental and governmental organs linked to the carciniculture activity still don't have, or in their majority, with limited information, what can have repercussions, directly, in a negative way, in the development of public policies directed to marine Carciniculture. In addition, it is possible to verify the existence of barriers to the strengthening of the activity, being the issues related to environmental licensing the most relevant, among them: difficulties in finding qualified professionals to perform the services, the high fees charged, the slowness of the environmental inspection agencies.
dc.description.resumoNo Brasil, por muitos anos, a produção de camarão marinho esteve associada a regiões estuarinas, de apicum e manguezais. No entanto, os últimos anos dez anos, foi marcado por uma acentuada expansão para as regiões interioranas, a atividade conhecida como carcinicultura continental. No estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, a região do Agreste conta com os mais novos pólos brasileiros de produção do camarão Litopenaeus vannamei em águas continentais que são: Arapiraca, Craíbas, Coité do Nóia, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D’Água Grande e Taquarana. Para estes municípios, a atividade surgiu como alternativa para geração de emprego e renda aos agricultores que sofreram e ainda sofrem com o declínio da produção agrícola devido a inutilização das terras, pela sanilização ao longo dos anos das águas de rios, riachos e poços artesianos. Por ser relativamente recente na região, poucos são os registros acerca de sua implantação. Diante disso, teve-se por objetivo caracterizar a carcinicultura no Agreste alagoano a partir da investigação de seus participantes e seus modos de produção. Para tal, foram entrevistados 40 carcinicultores familiares por meio de um questionário semiestruturado. Ademais, foram realizadas observações livres e coletados os relatos informais durante os anos de 2020 a 2022. Constatou-se que a carcinicultura local teve início há pouco mais de três anos, e somente em 2018 ganhou caráter comercial tendo apresentado rendimento anual de até R$ 300.000,00. A atividade nos referidos municípios alagoanos tem sido feita com auxílio de consultoria técnica e com padrão de construção de viveiros de outros pólos produtivos, similar aos sistemas implatados no estado da Paraíba. Os produtores rurais, com o auxílio de profissionais e do conhecimento adiquirido ao longo do tempo, adaptaram-se a nova atividade produtiva, quando comparado à metodologia implantada no Agreste de Alagoas com outras regiões, é possível identicar peculiaridades quanto as características produtivas peculiares dos envolvidos e o ambiente de trabalho. Algumas aspectos da carcicultura do Agreste também chamam a atenção, a exemplo das variações de densidades de estocagem observadas em diferentes polos. Algo comum em todos os polos é a diminuição da densidade de estocagem em períodos chuvosos, alta pluviosidade que acarretaram em diminuição da temperatura da água, o que pode contribuir para a proliferação de patégeno do ambiente de cultivo. A análise dos questinários mostrou que agricultor familiar homens representam 82,5% do total de produtres do Agreste, enquanto as mulheres correspondem apenas a 17,5 %. Ambos os sexos trabalham na atividade, em média, 8h diárias. O tamanho das propriedades avaliadas varia entre 1 a 50 hectares, e os viveiros nelas construídos possuem entre 1000 m2 e 4000 m2, apresentando produção média de 500 kg a 4500 kg mensais por propriedade. O custo médio por quilograma de camarão produzido variou entre R$ 12,51 e R$ 13,64, sendo influenciado pela época do ano. Evidenciou-se que os pólos com maior relevância produtiva são: Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci e Limoeiro de Anadia. Entre os entrevistados poucos (17,5%) são os que têm a carcinicultura como sua principal fonte de renda, em sua maioria, os carcinicultores familiares diversificam a produção agropecuária para conseguirem renda suficiente para subsistência. A partir das entrevistas, foi possível identificar que mais de 80% dos proprietários receberam assistência técnica no em 2021. Por se tratar de uma atividade relativamente nova, ainda não se sabe ao certo quais impactos ou danos ambientais podem ser causados a longo prazo pela atividade nesta região. Neste sentido, a maioria dos carcicicultores (40%) afirma nunca terem sido visitados por órgãos fiscalizadores ambientais. Apesar disso, todos os entrevistados estão cientes da importância do licenciamento ambiental e afirmam ser esta uma etapa significativa para a produção de camarão. Com relação ao descarte de efluentes, a maior parte (55%) dos carcinicultores realizam o tratamento da água antes do descarte nos corpos hídrico. Contudo, a maior parte dos produtores (80%) não consideram a água gerada a partir dos viveiros prejudicial ao meio ambiente. De fato, a assistência técnica foi um dos fatores primordiais para a consolidação e sucesso da atividade produtiva na região. Os dados coletado com os entrevistados foram comparados com os dados coletados junto às secretarias muncipais de Agricultura, Meio Ambiente e Instituto de Meio Ambiente do estado, e dessa forma foi possível perceber que os órgãos ambientais e governamentais vinculados à atividade de carcinicultura ainda não possuem, em sua maioria, informações limitadas o que pode repercutir,diretamente, de forma negativa, no desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à Carcinicultura marinha. Além disso, é possível constatar a existência de barreiras quanto ao fortalecimento da atividade, sendo as questões vinculadas ao licenciamento ambiental as de maior relevância, entre elas: dificuldades em encontrar profissionais capacitados para realização dos serviços, os altos valores cobrados e a morosidade dos órgãos licenciadores.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ifal.edu.br/handle/123456789/775
dc.language.isopt
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentCampus Marechal Deodoro
dc.publisher.programMestrado Profissional em Tecnologias Ambientais/PPGTEC
dc.relation.referencesLEMOS, Fernanda Gomes. Desenvolvimento da carcinicultura marinha familiar no Agreste de alagoas: avanços e desafios para uma produção sustentável. f. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso(Mestrado em Tecnologias Ambientais) – Campus Marechal Deodoro, Instituto Federal de Alagoas, Marechal Deodoro, 2023.
dc.rightsCC0 1.0 Universalen
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/
dc.subjectCamarão Litopenaeus vannamei
dc.subjectAgricultura familiar
dc.subjectCarcinicultura marinha
dc.subjectProblemas ambientais
dc.subjectAgreste alagoano
dc.subjectCarcinicultura de pequena escala
dc.subjectConsequências ambientais
dc.subjectFamily farming
dc.subjectThe harsh climate region of Alagoas
dc.subjectSmall- scale carciniculture
dc.subjectEnvironmental consequences
dc.subjectCarciniculture
dc.subject.cnpqCIENCIAS AGRARIAS
dc.titleDesenvolvimento da carcinicultura marinha familiar no agreste de alagoas : avanços e desafios para uma produção sustentável
dc.typeDissertação

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