Alimentando o Futuro: um estudo de percepção sobre Alimentação Sustentável entre dois cursos superiores luso-brasileiros - Licenciatura em Educação Ambiental (IPB) e Tecnologia em Gestão Ambiental (IFAL-MD)
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Data
2021-12-10
Autores
Currículo Lattes
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Editor
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas
Resumo
Os sistemas de produção e consumo de alimentos praticados no mundo vão na
contramão do desenvolvimento sustentável, sendo um grande fomentador das
alterações climáticas, trazendo consequências graves para um futuro próximo. A
segurança alimentar segue ameaçada pelos efeitos climáticos severos que já estão a
afetar o planeta Terra, e que terá consequências na capacidade de alimentar uma
população estimada em 9 bilhões de pessoas até 2050. É urgente pensar a
alimentação do ponto de vista da sustentabilidade de forma a ter sistemas de plantios
mais justos que conduzam a uma melhoria ambiental e social. A alimentação
sustentável procura interligar todas as cadeias presentes no sistema alimentar e, de
uma forma mais holística, construir sistemas de produção e consumo mais amigos do
ambiente, assim como uma economia que conduza a um ganho social. Formar
profissionais que compreendam o significado da alimentação sustentável e que
possam atuar de forma a mitigar problemas socioambientais vai ao encontro do que é
proposto na Agenda 2030, contribuindo, assim, para uma sociedade mais justa. A
gestão ambiental surge como uma forma de compreender as inter-relações presentes
entre homem e ambiente e, através da educação ambiental, tenta sensibilizar para
atitudes e comportamentos que conduzam a equidade social. Este estudo descritivo
qualitativo-quantitativo teve como objetivo compreender o nível de percepção de dois
grupos amostrais da área ambiental sobre o tema alimentação sustentável.
Participaram do estudo discentes da Licenciatura em Educação Ambiental (N=23), do
Instituto Politécnico de Bragança, Portugal, e da Tecnologia em Gestão Ambiental
(N=34), do Instituto Federal de Alagoas, Brasil. Os métodos utilizados foram a
pesquisa bibliográfica e questionário de pesquisa com escala de percepção multi-itens
(tipo Likert). Através de 30 afirmações foi possível conhecer as percepções dos grupos
amostrais. As questões concentraram-se em aspetos específicos sobre alimentação
sustentável como o consumo de carne, uso de combustíveis fósseis, sazonalidade e
plantio em monoculturas, uso de plástico, compostagem, consumo de recursos
hídricos conceitos de economia socialmente justa e equidade social, entre outros.
Embora, de uma forma geral, os resultados evidenciem que os estudantes são
esclarecidos sobre a temática, ainda é necessário, para que se atinja a literacia
ambiental, um aumento do nível de compreensão das inter-relações ambientais
relacionadas com a alimentação. Neste sentido, reforça-se a necessidade de se
investir na educação desses futuros profissionais para que sejam agentes de
conscientização para os impactos ambientais decorrentes da alimentação, pois, dessa
forma, estarão aptos para desenvolver conhecimentos, atitudes e comportamentos
sobre as inter-relações da alimentação com o ambiente. Neste sentido, é proposto ao
final do trabalho uma continuidade da pesquisa de forma a promover a criação de
literatura sobre o tema e, assim, contribuir para a disseminação do conceito de
alimentação sustentável.
Descrição
Palavras-chave
Alimentação Sustentável, Desenvolvimento Sustentável, Educação Ambiental, Gestão Ambiental, Literacia Ambiental, Sustainable Foods, Sustainable Development, Environmental Education, Environmental management, Environmental literacy