Um guia de boas práticas para criação de uma base de dados pública para auxiliar no desenvolvimento de softwares voltados ao tratamento de transtorno de pânico usando swartwatches

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2025-06-26

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Resumo

Este estudo propõe um Guia de Boas Práticas para criação de uma base dados pública e confiável para auxiliar no desenvolvimento de aplicações voltadas a detecção e/ou o tratamento do Transtorno do Pânico (TP), utilizando como ferramenta o dispositivo vestível mais comumente utilizado nos dias atuais: o smartwatch. O procedimento metodológico utilizado nesta pesquisa consistiu em quatro etapas: 1) Revisão Sistemática de Literatura (RSL) com o intuito de verificar o estado da arte sobre o tema a fim de compreender as situações que dificultam o desenvolvimento de aplicações voltadas ao TP; 2) uma pesquisa documental para verificar as implicações legais e éticas relacionadas à coleta e armazenagem de dados de portadores de TP; 3) uma pesquisa exploratória que consistiu em entrevistas com três psicólogos e três psiquiatras com vistas a identificar os critérios legais, éticos e metodológicos para a condição da coleta de dados biométricos de portadores de TP; 4) a elaboração de um guia de boas práticas que considera os aspectos elencados nas etapas anteriores. A RSL revelou que aplicações voltadas à predição e detecção do TP já foram desenvolvidas em ambientes de pesquisa hospitalar, utilizando algoritmos conhecidos de Inteligência Artificial como Random Forest, Decision Tree, Linear Discriminant Analysis, Adaptive Boosting (AdaBoost), Regularized Greedy Forest, entre outros, e manipulando variáveis tais como variação de pressão, de frequência cardíaca, de movimentos das mãos, de frequência de fala, de atividade eletrodérmica, entre outras, obtidas através de medições realizadas em pacientes com TP. Os sensores utilizados para medir essas variáveis em questão possuem versões disponíveis na maioria dos modelos modernos de smartwatch. A etapa de pesquisa documental revelou, pela análise da LGPD, que existem implicações legais no que diz respeito à manipulação de dados. Também detectou-se, pela análise do Código de Ética Profissional de Psicologia, implicações éticas a serem seguidas na condução da coleta de dados. A etapa das entrevistas validou a correlação das variáveis apontadas na etapa da RSL com o TP e acrescentou que variáveis obtidas em questionários padrão, tais como doenças relacionadas, uso de remédios, impressões do paciente, entre outras, são importantes para a coleta, principalmente se os pacientes avaliados possuírem outras doenças associadas. Esta etapa também sinalizou que o perfil ideal de participante da coleta de dados é o portador de TP pouco influenciável e que não tenha outros tipos de transtornos psicológicos. Por fim, a partir dos dados coletados, foi gerado um artefato, denominado Guia de Boas Práticas, com oito passos recomendados para realizar uma coleta eficiente dos dados a serem disponibilizados para desenvolvedores. A conclusão ressalta as vantagens em seguir o guia produzido para padronização da coleta de dados e deixa como trabalhos futuros as atividades de elaboração do Termo de Consentimento e do Termo de Cooperação, em uma parceria com profissionais de Direito e ainda a elaboração de um questionário padrão com variáveis não biométricas que também componham a base de dados final.

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Palavras-chave

Sistema de Informação, E-health, Transtorno de pânico - Software, Smartwatch, Inteligência artificial, Panic disorder, Artificial intelligence

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