Teses e Dissertações
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Item Escolas como organizações que aprendem: a autoavaliação como moduladora da aprendizagem da escola(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2021-08-26) Moura, Elton Oliveira de,; Bispo, Marcelo de Souza,; http://lattes.cnpq.br/0046249640629512; Silva, Anielson Barbosa da,; http://lattes.cnpq.br/3405428972303042; Guerra, Maria das Graças Gonçalves Vieira,; http://lattes.cnpq.br/7195833831322050; Vieira, Almir Martins,; http://lattes.cnpq.br/4298642111341453; Brito, Simone Magalhães,; http://lattes.cnpq.br/1833114674355841Meu objetivo nesta tese foi analisar como a prática de autoavaliação atua enquanto elemento modulador da aprendizagem da escola. Para atender tal objetivo, adotei a ontoepistemologia das Teorias da Prática, assim como o referencial de Organizações de Aprendizagem a partir da perspectiva sociológica. Meu argumento nesta tese parte de dois pressupostos: (1) a escola, enquanto uma organização, aprende a partir das suas práticas cotidianas; (2) a autoavaliação pode ser compreendida como um caminho para o desenvolvimento da aprendizagem das escolas. Dessa maneira, neste estudo empírico contei com uma primeira fase exploratória, em que foram entrevistados alguns especialistas e profissionais da área de gestão educacional no sentido de fomentar reflexões sobre os processos de avaliação e aprendizagem da escola. No segundo momento, conduzi uma pesquisa empírica em uma escola pública de ensino fundamental e médio da cidade de João Pessoa-PB no Nordeste do Brasil. Operacionalizei a coleta de dados a partir de entrevistas com atores da comunidade escolar, observações remotas e documentos. Devido ao fato de ter realizado a pesquisa durante a pandemia do Covid-19, mediei o processo de coleta de dados por tecnologias digitais como videoconferências e aplicativos de mensagem. O processo de análise de dados adotou o framework proposto por Bispo (2015) para a análise de pesquisas baseadas em prática. Os principais resultados da minha pesquisa indicam que a aprendizagem da escola ocorre a partir de três práticas: aprendizagem pelas (auto)avaliações; aprendizagem pelo engajamento; e aprendizagem pela tradução de políticas e do contexto. Para além disso, foi possível verificar que a autoavaliação atua como elemento modulador da aprendizagem da escola ao ponto que equilibra a relação entre conceito (“o quê”) e instrumento (“como”). A noção de autoavaliação como moduladora da aprendizagem parte da ideia de que a reflexão a partir das próprias práticas permite a escola direcionar ações mais adequadas às suas necessidades específicas. Minha pesquisa contribui para: aproximar os campos da Administração e Educação, no sentido de desenvolver uma compreensão ampliada dos estudos sobre gestão escolar e gestão educacional; fomentar o desenvolvimento de uma abordagem alternativa ao estudo de Escolas como Organizações de Aprendizagem a partir da perspectiva da aprendizagem social; fomentar alternativas para o campo da avaliação educacional, no sentido de pensar possibilidades de avaliação menos classificatória, menos responsabilizadora e mais voltada para aprendizagem da escola.Item A questão de gênero na formação de bibliotecárias/os: um estudo de caso no curso de biblioteconomia da universidade federal de alagoas.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2021-07-16) Gonçalves, Luiza Glaciete Freire; Cruz, Tânia Mara; http://lattes.cnpq.br/5924581814331062; Santos, Raimunda Fernanda dos; http://lattes.cnpq.br/6543436156553138; Simão, Márcia Buss; http://lattes.cnpq.br/6386088355020507; Domingues, Chirley; http://lattes.cnpq.br/2756619384580846; Schmidt, Leonete Luzia; http://lattes.cnpq.br/4504234791214394A temática de “Educação Superior, Biblioteconomia e Gênero” é recente nos estudos da área da Ciência da Informação, mas tem crescido em função da demanda apresentada por movimentos sociais, bem como por acadêmicas/os do campo das Ciências Humanas. A presente pesquisa, em nível de mestrado, fundamenta-se na necessidade de refletir sobre a profissão e as questões de gênero na formação profissional nos cursos de graduação, compreendendo e refletindo sobre as transformações curriculares em curso, analisando as lacunas existentes para que se possam, em momentos de debates curriculares, contribuir com bases teóricas e visão crítica para possíveis reformulações. Partiu-se da hipótese de que a temática de gênero interfere de algum modo na formação da profissional de Biblioteconomia, quer seja por sua ausência, já que não levar em conta faz com que se mantenha a visão sexista predominante socialmente no que se convencionou chamar de currículo oculto, quer seja por sua presença e, havendo a presença da temática, como ela se daria nos modos prescrito e praticado. Como objetivo geral, buscou-se analisar se os estudos de gênero são contemplados no currículo do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas UFAL. Definiu-se, como objetivos específicos da pesquisa, identificar se há referência sobre gênero no Projeto Político Pedagógico do Curso de Biblioteconomia; averiguar se os discentes da Graduação e o conjunto de docentes consideram necessária a inserção da questão de gênero no currículo do curso e investigar como os docentes dos cursos de graduação de Biblioteconomia da UFAL compreendem as relações de gênero na profissão. A pesquisa qualitativa e de estudo de caso teve como lócus uma universidade pública e utilizou-se para produção dos dados a pesquisa documental e a história oral temática, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas virtualmente com discentes e docentes da graduação do Curso de Biblioteconomia da UFAL. No universo de discentes, foram entrevistadas duas estudantes integrantes do Centro Acadêmico de Biblioteconomia que participam do colegiado do Curso. Entre os docentes, foram entrevistadas cinco professoras e um professor, titulares da graduação de Biblioteconomia que se dispuseram a participar da pesquisa. Assim, tanto no momento de produção dos dados quanto em suas análises, partiu-se de um enfoque teórico materialista histórico-dialético, que buscou captar o movimento de construção e reconstrução do objeto por meio do roteiro semiestruturado na categorização e análise após os resultados de campo, cotejados com a revisão bibliográfica do campo. Nesta busca do movimento do “era, é, tende a ser”, objetivou-se proporcionar um conhecimento crítico que contribua para a transformação social. Entre outras questões, a análise dos dados mostrou que as disciplinas tecnológicas ou tradicionais são ministradas por professores de ambos os sexos. Sobre os conteúdos de gênero, houve um conhecimento comum entre o conjunto de entrevistadas/os, ainda que em graus de conhecimento diferentes. Sobre gênero no currículo do curso, observou-se que, tanto no PPC de 2017 quanto no novo, de 2019, a temática aparece de forma semelhante, constando em algumas ementas e bibliografias de forma transversal. Em se tratando de raça, esta aparece no PPC de 2017 e de 2019, mas é detalhada apenas no último, indicando, inclusive, uma relação bibliográfica da qual devem ser extraídas as obras a serem trabalhadas transversalmente em várias disciplinas. Por fim, a transversalidade defendida por docentes ainda requer um aprofundamento para que gênero seja contemplado de forma mais abrangente na formação de bibliotecárias/os, sobretudo na UFAL.