Dissertação Mestrado Profissional em Tecnologias Ambientais
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Navegando Dissertação Mestrado Profissional em Tecnologias Ambientais por Área do Conhecimento "CIENCIAS AGRARIAS"
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Item Avaliação de resíduo sólido como mulching alternativo e de agrofilmes na produção de alface na região semiárida de Alagoas(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2021-12-30) Barros, José Anderson Soares; Cavalcante, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/0221717690546039; Costa, Joao Gomes da; http://lattes.cnpq.br/2787724876009177; Santos, Márcio Aurélio Lins dos; http://lattes.cnpq.br/0192590447392368A manta geossintética Soiltain DW® é utilizada em estações de tratamento de água, na filtração da água, tem vida útil de três meses, sendo, em seguida, descartadas em aterros sanitários. Por suas características, consiste em um resíduo sólido com potencial de uso agrícola, como cobertura do solo. Esta prática, conhecida como mulching, comum na plasticultura em regiões temperadas, reduz as perdas de água, a incidência de plantas daninhas e mão de obra. Porém, pode promover microclima no solo, principalmente em regiões tropicais e semiáridos, causando estresse às plantas. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a viabilidade técnica e econômica da manta geossintética Soiltain DW® como mulching alternativo e do uso de agrofilmes sintéticos na produção de alface cv. Veneranda em Arapiraca, região semiárida de Alagoas, Brasil. Foram realizados quatro experimentos entre junho de 2020 e março de 2021, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (manta geossintética, mulching de polietileno branco e preto, e solo descoberto) e cinco repetições. A viabilidade técnica das coberturas foi determinada a partir da avaliação, ao final de cada experimento, da temperatura do solo, stand e variáveis morfoagronômicas. Foram aplicadas as análises uni e multivariadas e de correlações de Pearson. Na análise da viabilidade econômica, utilizou-se indicadores, a partir dos fluxos de caixa entre receitas e despesas, receita bruta, receita líquida, índice de lucratividade e taxa interna de retorno. Observou-se efeito significativo (P<0,05) para interação Coberturas do solo x Épocas de plantio para todas as variáveis, exceto para a massa da raiz, indicando que estes fatores, juntos, promovem mudanças no comportamento da alface cv. Veneranda. As análises uni e multivariada evidenciaram a influência das coberturas do solo sobre a alface, nos quatro experimentos, indicando que o mulching branco promoveu condições favoráveis às variáveis morfoagronômicas avaliadas, promovendo as maiores produtividades em todos os ciclos (média 19,9 Mg ha-1 ). A temperatura é a variável resposta que mais exerceu influência negativa, principalmente sobre o stand em que manta geossintética e mulching preto apresentaram similaridade, devido a maior absorção de radiação solar e redução de stand. Existe atratividade econômica para todas as coberturas estudadas, pois há resultado que proporciona retorno econômico sobre o capital investido a partir do 2o ciclo de cultivo, quando há cobertura econômica do valor do investimento inicial e a cobertura da taxa mínima de atratividade. A análise econômica demostrou que a manta geossintética promoveu os menores custos operacionais efetivos, receitas líquidas intermediárias e lucratividade inferior somente ao mulching branco na soma dos quatro experimentos. Portanto, os quatro tratamentos avaliados são economicamente viáveis, destacando-se o mulching branco. A manta geossintética Soiltain DW®, resíduo sólido, por ser gratuito e reutilizável, poderá ser utilizada como mulching alternativo na alface cv. Veneranda, nas condições edafoclimáticas de Arapiraca/AL.Item Desenvolvimento da carcinicultura marinha familiar no agreste de alagoas : avanços e desafios para uma produção sustentável(2023-01-23) Lemos, Fernanda Gomes; Bordinhon, André Moreira; http://lattes.cnpq.br/0982411313292542; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Tamano, Luana Tieko Omena; http://lattes.cnpq.br/4206868438935017; Pontes, Cibele Soares; http://lattes.cnpq.br/3943018673158703No Brasil, por muitos anos, a produção de camarão marinho esteve associada a regiões estuarinas, de apicum e manguezais. No entanto, os últimos anos dez anos, foi marcado por uma acentuada expansão para as regiões interioranas, a atividade conhecida como carcinicultura continental. No estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, a região do Agreste conta com os mais novos pólos brasileiros de produção do camarão Litopenaeus vannamei em águas continentais que são: Arapiraca, Craíbas, Coité do Nóia, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D’Água Grande e Taquarana. Para estes municípios, a atividade surgiu como alternativa para geração de emprego e renda aos agricultores que sofreram e ainda sofrem com o declínio da produção agrícola devido a inutilização das terras, pela sanilização ao longo dos anos das águas de rios, riachos e poços artesianos. Por ser relativamente recente na região, poucos são os registros acerca de sua implantação. Diante disso, teve-se por objetivo caracterizar a carcinicultura no Agreste alagoano a partir da investigação de seus participantes e seus modos de produção. Para tal, foram entrevistados 40 carcinicultores familiares por meio de um questionário semiestruturado. Ademais, foram realizadas observações livres e coletados os relatos informais durante os anos de 2020 a 2022. Constatou-se que a carcinicultura local teve início há pouco mais de três anos, e somente em 2018 ganhou caráter comercial tendo apresentado rendimento anual de até R$ 300.000,00. A atividade nos referidos municípios alagoanos tem sido feita com auxílio de consultoria técnica e com padrão de construção de viveiros de outros pólos produtivos, similar aos sistemas implatados no estado da Paraíba. Os produtores rurais, com o auxílio de profissionais e do conhecimento adiquirido ao longo do tempo, adaptaram-se a nova atividade produtiva, quando comparado à metodologia implantada no Agreste de Alagoas com outras regiões, é possível identicar peculiaridades quanto as características produtivas peculiares dos envolvidos e o ambiente de trabalho. Algumas aspectos da carcicultura do Agreste também chamam a atenção, a exemplo das variações de densidades de estocagem observadas em diferentes polos. Algo comum em todos os polos é a diminuição da densidade de estocagem em períodos chuvosos, alta pluviosidade que acarretaram em diminuição da temperatura da água, o que pode contribuir para a proliferação de patégeno do ambiente de cultivo. A análise dos questinários mostrou que agricultor familiar homens representam 82,5% do total de produtres do Agreste, enquanto as mulheres correspondem apenas a 17,5 %. Ambos os sexos trabalham na atividade, em média, 8h diárias. O tamanho das propriedades avaliadas varia entre 1 a 50 hectares, e os viveiros nelas construídos possuem entre 1000 m2 e 4000 m2, apresentando produção média de 500 kg a 4500 kg mensais por propriedade. O custo médio por quilograma de camarão produzido variou entre R$ 12,51 e R$ 13,64, sendo influenciado pela época do ano. Evidenciou-se que os pólos com maior relevância produtiva são: Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci e Limoeiro de Anadia. Entre os entrevistados poucos (17,5%) são os que têm a carcinicultura como sua principal fonte de renda, em sua maioria, os carcinicultores familiares diversificam a produção agropecuária para conseguirem renda suficiente para subsistência. A partir das entrevistas, foi possível identificar que mais de 80% dos proprietários receberam assistência técnica no em 2021. Por se tratar de uma atividade relativamente nova, ainda não se sabe ao certo quais impactos ou danos ambientais podem ser causados a longo prazo pela atividade nesta região. Neste sentido, a maioria dos carcicicultores (40%) afirma nunca terem sido visitados por órgãos fiscalizadores ambientais. Apesar disso, todos os entrevistados estão cientes da importância do licenciamento ambiental e afirmam ser esta uma etapa significativa para a produção de camarão. Com relação ao descarte de efluentes, a maior parte (55%) dos carcinicultores realizam o tratamento da água antes do descarte nos corpos hídrico. Contudo, a maior parte dos produtores (80%) não consideram a água gerada a partir dos viveiros prejudicial ao meio ambiente. De fato, a assistência técnica foi um dos fatores primordiais para a consolidação e sucesso da atividade produtiva na região. Os dados coletado com os entrevistados foram comparados com os dados coletados junto às secretarias muncipais de Agricultura, Meio Ambiente e Instituto de Meio Ambiente do estado, e dessa forma foi possível perceber que os órgãos ambientais e governamentais vinculados à atividade de carcinicultura ainda não possuem, em sua maioria, informações limitadas o que pode repercutir,diretamente, de forma negativa, no desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à Carcinicultura marinha. Além disso, é possível constatar a existência de barreiras quanto ao fortalecimento da atividade, sendo as questões vinculadas ao licenciamento ambiental as de maior relevância, entre elas: dificuldades em encontrar profissionais capacitados para realização dos serviços, os altos valores cobrados e a morosidade dos órgãos licenciadores.Item Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) de Alagoas: da gênese aos usos(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-27) Ferreira, Tarciéri de Souza; Romero, Renato de Mei; http://lattes.cnpq.br/9857771457585862; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Melo, Joabe Gomes de; http://lattes.cnpq.br/5180399418500159; Santos, Poliana dosDiversos setores da sociedade demandam recursos naturais essenciais a manutenção da vida, por isso o equilíbrio entre a utilização e reposição desses recursos é imprescindível. Nesse contexto a criação de áreas protegidas pode funcionar como um excelente instrumento de gestão ambiental especialmente na prestação de serviços ecossistêmicos. As Reservas Particulares do Patrimônio Natural, são unidades de conservação privadas com o objetivo de atingir tais pressupostos. O objetivo deste estudo é entender e caracterizar os processos relacionados a criação e os usos dados a esta tipologia de área protegida em Alagoas. Foi realizado um levantamento de dados (espaciais, bibliográficos, documentais e entrevistas) sobre as reservas. Foram analisadas as informações provenientes de entrevistas com representantes de órgãos públicos e da sociedade civil responsáveis pela criação e implementação, além dos proprietários ou gestores das reservas. Buscou-se com isso identificar três pontos principais: 1. Histórico de criação das RPPNs; 2. Descrição das reservas, com aspectos administrativos e mantenedores, conservação, biodiversidade, ameaças; 3. Usos públicos e privados da reserva. Como resultado esperamos auxiliar na composição de informações científicas sobre as mesmas, uma vez identificada a existência de lacunas em dados de livre acesso em endereços eletrônicos oficiais. Quanto aos resultados parciais obtidos, até o momento, pode-se observar a identificação de todas as setenta e seis reservas existentes no estado, assim como a classificação por domínios e por etapas de criação. A partir disso, foi identificado uma concentração maior de reservas no domínio Mata Atlântica em comparação com o domínio Caatinga. Essa abundância de reservas, principalmente, na Mata Atlântica pode estar ligada a ações de diversos setores: o ministério público, o órgão ambiental estadual, as organizações não governamentais atuantes nesse bioma, assim como a iniciativa do setor agroindustrial, visto que diversas áreas protegidas são de posse das indústrias sucroalcooleiras. Portanto, o surgimento das RPPNs no estado de Alagoas foi motivado por fatores como a própria instituição do SNUC; o incentivo a proprietários através de compensação ambiental, na forma de sugestão de acordo com o IMA e MP; a regularização por meio do decreto 3.050/2006; a necessidade de áreas florestadas para implementação dos projetos de reintrodução de espécies ameaçadas de extinção e as ações de divulgação desta modalidade de reserva entre os proprietários realizadas pelo IPMA. Todos esses fatores somados ao desenvolvimento dos planos Mais RPPNs, Pró-Reservas e todo o esforço realizado pelas ONG’s, assim como um bom relacionamento entre os atores envolvidos para facilitar a desburocratização dos processos nos órgãos públicos foram imprescindíveis para a instalação das RPPNs no estado.Item Smart Grow Light: Sistema de Internet das Coisas para manejo de alfaces e microverdes em cultivo indoor com iluminação artificial.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2024-01-30) Vieira, Lucas Bryan Lima; Cunha, Mônica Ximenes Carneiro da; http://lattes.cnpq.br/1775024859845111; Souza Júnior, Marcilio Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/2702843581642246; Bezerra, Tarcio Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/5285201763618981Em uma era movida pela tecnologia da quarta revolução industrial, produzir em grande escala e manter a qualidade é a expectativa geral. A necessidade de produção de alimentos no planeta é cada vez maior, com as projeções da Organização das Nações Unidas de que, a partir de 2050, a população mundial será superior a 10 bilhões de pessoas. Tendo em vista este fator, a humanidade necessita desenvolver novas técnicas de agricultura para fornecer, de forma eficiente e em alta escala, alimentos mais saudáveis. No entanto, a disponibilidade de alimentos processados, transgêneros e industrializados se tornam desafio para aqueles que buscam cuidar da saúde sem perder a praticidade do mundo moderno. Tendo em vista estes fatores, agricultores, engenheiros e cientistas têm buscado criar novas técnicas de cultivo implementando tecnologias modernas adornadas com o desenvolvimento sustentável. Diante desses desafios, o presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema composto por hardware e software para o cultivo indoor inteligente de hortas com iluminação artificial utilizando internet das coisas. A metodologia da pesquisa envolveu três etapas: 1) Revisão Sistemática de Literatura para averiguar equipamentos e técnicas utilizadas no cultivo de hortas indoor; 2) Elaboração de uma arquitetura composta por hardware e software para cultivo indoor inteligente de hortas com iluminação artificial; 3) Validação da arquitetura proposta a partir de um experimento composto da instalação de dispositivos de hardware e software para acompanhamento das etapas de cultivo de hortaliças indoor. Para a etapa de experimentação, fez-se plantio de alfaces e microverdes de beterraba, repolho roxo e mostarda em uma cabine que monitora as variáveis ambientais de temperatura e umidade interna e externa da cabine e realiza o monitoramento automático dos ventiladores de ar, exaustor de ar e do painel de LED remotamente através do Wi-Fi, Zigbee e Bluetooth no aplicativo Tuya Smart. Os resultados obtidos apontam para um sistema composto por hardware e software com plena capacidade de produção de hortaliças através de seu desenvolvimento completo desde a semeadura, germinação, transplante e colheita, realizando a produção de microverdes de beterraba e repolho roxo sem o surgimento de fungos ou qualquer outro tipo de problemas com insetos durante o período de observação.Item Uso do índice de vegetação como ferramenta de monitoramento do estado de conservação da Caatinga Alagoana(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2024-01-31) Nascimento, Marco Antonio Diniz do; Calheiros, Altanys Silva; http://lattes.cnpq.br/9353777923030637; Nascimento, Melchior Carlos do; http://lattes.cnpq.br/3304840348256677; Monteiro, Kleython de Araujo; http://lattes.cnpq.br/0601272599787430Esta região de Caatinga apresenta importantes modificações em seu ambiente natural, principalmente ocasionadas pela remoção da cobertura vegetal nativa, muitas vezes resultante de desmatamento ilegal para diversos usos e exploração do solo. Diante disso, o presente estudo apresenta resultados do monitoramento das áreas cobertas pela vegetação nativa de Caatinga da Região Geográfica Imediata de Delmiro Gouveia, que engloba os municípios de Delmiro Gouveia, Água Branca, Mata Grande, Pariconha, Piranhas, Olho D’Água do Casado e Inhapi, sertão do Estado de Alagoas. O método de pesquisa utilizado para alcançar os resultados de distribuição territorial e quantificação da cobertura vegetal de Caatinga foi dividido em: análise do índice de Vegetação da Diferença Normalizada – NDVI e Indice de Vegetação Melhorado – EVI; análise das áreas confrontantes com o canal do sertão em um raio de 5 km; cruzamento de áreas embargadas pelos órgãos ambientais por supressão de vegetação ilegal e monitoria do uso do solo dos anos de 2002 e 2022. Para obtenção dos resultados foi utilizado imagens do satélite Landsat 7, resolução espacial de 15 metros (pancromática) em escala cartográfica de 1: 25.000. O resultado das análises obtidas através do NDV e EVI não apresentaram resultados diferentes quanto a distribuição de vegetação Caatinga no solo, onde os valores em pixel correspondentes a presença de vegetação Caatinga variaram de 0,8 ano de 2002 e 0,6 ano de 2022 para presença de vegetação no resultado do NDV e 18,8 ano de 2002 e 16,5 ano de 2022 para resultados do EVI. A monitoria do uso do solo mostra que houve uma redução de 31% de vegetação Caatinga entre os anos de 2002 e 2022, além de áreas antropizadas em que se destaca o crescimento de 23% de áreas agropastoris e 11% de solo exposto. Por fim, a metodologia utilizada apresentou resultados satisfatórios para avaliação de cobertura vegetal, trazendo resultados de interesse ambiental, social e acadêmico.Item Viabilidade técnica do uso do lodo de estação de tratamento de água na produção de alface(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-06-10) Silva, Jose Luis Tavares da; Cavalcante, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/0221717690546039; Costa, Joao Gomes da; http://lattes.cnpq.br/0449078764189687; Santos, Márcio Aurélio Lins dos; http://lattes.cnpq.br/0192590447392368Nas estações de tratamento de água (ETA) são desenvolvidos procedimentos que resultam na potabilidade da água, gerando um subproduto residual denominado lodo de ETA ou LETA, com potencial poluidor. A associação do lodo de ETA a substratos comerciais para produção de mudas se apresenta como uma alternativa ecologicamente correta e economicamente viável. O objetivo desta pesquisa foi analisar a viabilidade técnica do uso do lodo de ETA adicionado a quatro substratos comerciais na produção de mudas de cinco cultivares de alface e seu desempenho no campo, em Arapiraca, região semiárida de Alagoas. A pesquisa foi dividida em duas etapas. A 1a, em nível de estufa, foi instalado o experimento no delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial 4 x 4 x 5, considerando os quatro substratos comerciais (Pindstrup®, Vida Verde®, Bioplant 434® e Bioplant 401®), quatro níveis de substituição do substrato pelo lodo (0, 20, 40 e 60%) e cinco cultivares de alface (Veneranda, Camila, Elba, Vitória Verdinha e Diva), com quatro repetições. Observou-se que o percentual de emergência foi influenciado pela adição de lodo, principalmente no substrato Pindstrup e na dose de 60%, com 0% de emergência. O índice de qualidade da muda (IQM) foi influenciado pelas doses de lodo, sendo recomendada a adição de até 20%. No 2o experimento, foram avaliados, em nível de campo, as mudas produzidas na 1a etapa, adotando-se o delineamento em blocos casualizados, esquema fatorial 3 x 3 x 5, com três substratos comerciais (Vida Verde, Bioplant 434 e Bioplant 401), três níveis de substituição do substrato pelo lodo (0, 20 e 40%) e cinco cultivares de alface (Veneranda, Camila, Elba, Vitória Verdinha e Diva). Variáveis biométricas foram analisadas na ocasião da colheita, 25 dias após o transplantio. Observou-se interação tripla para a altura das plantas, comprimento foliar e produtividade. Em geral, todos os cultivares apresentaram produtividade semelhante (P>0,05) em até 20% de inclusão de lodo, independente do substrato. Cultivares que tiveram redução no IQM, no 1o experimento, retomaram o crescimento e tiveram produtividade semelhante (0 x 40% de lodo), a exemplo dos cultivares Camila (Vida Verde), Veneranda e Diva (Bioplant 434) e Veneranda, Camila, Elba e Vitória Verdinha (Bioplant 401). A inclusão de lodo em substituição ao substrato comercial apresenta viabilidade técnica com potencial para redução de custos e preservação ambiental.