TCC Letras-Português
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Navegando TCC Letras-Português por Orientador "Fatima, Wellton da Silva de"
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Item Ensino e gramática: os dialetos nordestinos nas aulas de língua portuguesa(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-08-11) Silva, Ana Patrícia Moura de Andrade; Fatima, Wellton da Silva de; http://lattes.cnpq.br/6380496064230296; Santos, Odair Jose Silva dos; http://lattes.cnpq.br/0102447684156796; Antonio, Leonardo Siqueira; http://lattes.cnpq.br/0312858372080043Este trabalho consiste na análise do Ensino de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental II quando se propõe a inserção do dialeto nordestino em sala de aula. O nosso objetivo é verificar, através de observações, como se comportam professor e aluno diante da variação linguística apresentada através dos mais variados gêneros textuais, bem como perceber como se conciliam a gramática normativa e a variação linguística no contexto escolar, sobressaindo-se como variante o dialeto da região Nordeste, o qual é alvo de muito preconceito e considerado errado pelos falantes de outras regiões do Brasil, isto levando em consideração a dimensão continental do país. A justificativa da pesquisa é a importância de se compreender que a língua pode variar sem se caracterizar como um erro, mas, varia de acordo com o lugar, com a classe social entre outros aspectos apresentados ao longo do trabalho, aspectos estes norteados pela Sociolinguística Variacionista, a qual tem seu precursor Labov. O aparato teórico metodológico adotado será Freitag e Lima (2010), Bagno (2008) e Faraco (2007), que através da Sociolinguística acentuam a importância de compreender a diversidade da língua e suas características, bem como inserir tal diversidade no currículo escolar. Nos resultados, é possível perceber as dificuldades no processo de ensino aprendizagem, do docente que precisa conciliar a gramática normativa com a variação linguística encontrada na língua materna, e do discente, em compreender que a língua culta é necessária, mas a utilização de dialetos, sotaques e gírias não é incorreto.Item Variação linguística no Português Brasileiro: entre o "alagoanês" e o "carioquês"(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-08-11) Siqueira, Kátia Leilany Beserra; Fatima, Wellton da Silva de; http://lattes.cnpq.br/6380496064230296; Antonio, Leonardo Siqueira; http://lattes.cnpq.br/0312858372080043; Barros, Anny Querubina de Souza; http://lattes.cnpq.br/9529937744685213O presente trabalho objetiva demonstrar, a partir de dois estudos de caso, que a variação linguística, fenômeno inerente à língua por ela ser viva e dinâmica, permeia a sociedade brasileira em suas mais diferentes formas. Com o intuito de apresentar duas variedades de fala, optamos metodologicamente por tecer relações entre o emprego da fala do alagoano com a fala do carioca, comparando-as entre si e remetendo-as à norma padrão da língua, a fim de mostrar que a variação ocorrida entre essas duas falas deve ser considerada enquanto prática social, e não é por acaso que ela ocorre, existem explicações para isso. A escolha dessas duas variedades se deu por opção metodológica e se justifica pela forte expressão que esses dois falares têm junto à sociedade brasileira, inclusive pela diferença que, a priori, identificamos entre elas. Para constituir nosso corpus da pesquisa, elencamos como representantes dessas variedades, dois youtuberes: Felipe Neto (RJ) e Carlinhos Maia (AL). Selecionamos um vídeo de cada um desses youtuberes, tomando- os como usuários da língua em contexto espontâneo, e transcrevemo-os, apresentando pormeio deles a heterogeneidade do uso da língua. Para analisar esses exemplares de falas, utilizamos o método dialético, que consiste em fazer uma análise distinta das duas falas. Além disso, também procedemos à compará-las e a fazer ponderações, tanto entre elas quanto delas em relação à norma padrão do português brasileiro. Para referenciar este trabalho, tendo em vista sua fundamentação teórica, mobilizamos importantes pesquisadores em nosso suporte teórico - metodológico como o americano Labov (1972) e o brasileiro Bagno (2002), além de Tarallo (1986), Antunes (2003) e outros. Obras como O Preconceito Linguístico (1999) e A Língua de Eulália (Bagno, 1997) e Padrões Sociolinguísticos (Labov, 2008), foram fundamentais para o desempenho da pesquisa. Como forma de detalhamento procedimental, demonstramos em que níveis da língua as variações compareciam. Assim, analisamos o corpus evidenciando as variações nos níveis fonético-fonológico, morfológico, sintático e semântico-pragmático, não de maneira exaustiva, mas de maneira amostral. Em nossos resultados, foi possível discutir,além da relevância deste tema, também a importância de que falantes de diferentes lugares sejam compreendidos e respeitados. Afinal, como demonstramos, a variação linguística é fato incontestável no funcionamento das línguas naturais, seguindo critérios tanto internos quanto externos à língua, possibilitando-nos a compreensão de que não há variedade certa ou errada, mas que há variedades e em seus contextos elas cumprem seus propósitos comunicativos com eficácia.