Teses e Dissertações
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Item A questão de gênero na formação de bibliotecárias/os: um estudo de caso no curso de biblioteconomia da universidade federal de alagoas.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2021-07-16) Gonçalves, Luiza Glaciete Freire; Cruz, Tânia Mara; http://lattes.cnpq.br/5924581814331062; Santos, Raimunda Fernanda dos; http://lattes.cnpq.br/6543436156553138; Simão, Márcia Buss; http://lattes.cnpq.br/6386088355020507; Domingues, Chirley; http://lattes.cnpq.br/2756619384580846; Schmidt, Leonete Luzia; http://lattes.cnpq.br/4504234791214394A temática de “Educação Superior, Biblioteconomia e Gênero” é recente nos estudos da área da Ciência da Informação, mas tem crescido em função da demanda apresentada por movimentos sociais, bem como por acadêmicas/os do campo das Ciências Humanas. A presente pesquisa, em nível de mestrado, fundamenta-se na necessidade de refletir sobre a profissão e as questões de gênero na formação profissional nos cursos de graduação, compreendendo e refletindo sobre as transformações curriculares em curso, analisando as lacunas existentes para que se possam, em momentos de debates curriculares, contribuir com bases teóricas e visão crítica para possíveis reformulações. Partiu-se da hipótese de que a temática de gênero interfere de algum modo na formação da profissional de Biblioteconomia, quer seja por sua ausência, já que não levar em conta faz com que se mantenha a visão sexista predominante socialmente no que se convencionou chamar de currículo oculto, quer seja por sua presença e, havendo a presença da temática, como ela se daria nos modos prescrito e praticado. Como objetivo geral, buscou-se analisar se os estudos de gênero são contemplados no currículo do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas UFAL. Definiu-se, como objetivos específicos da pesquisa, identificar se há referência sobre gênero no Projeto Político Pedagógico do Curso de Biblioteconomia; averiguar se os discentes da Graduação e o conjunto de docentes consideram necessária a inserção da questão de gênero no currículo do curso e investigar como os docentes dos cursos de graduação de Biblioteconomia da UFAL compreendem as relações de gênero na profissão. A pesquisa qualitativa e de estudo de caso teve como lócus uma universidade pública e utilizou-se para produção dos dados a pesquisa documental e a história oral temática, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas virtualmente com discentes e docentes da graduação do Curso de Biblioteconomia da UFAL. No universo de discentes, foram entrevistadas duas estudantes integrantes do Centro Acadêmico de Biblioteconomia que participam do colegiado do Curso. Entre os docentes, foram entrevistadas cinco professoras e um professor, titulares da graduação de Biblioteconomia que se dispuseram a participar da pesquisa. Assim, tanto no momento de produção dos dados quanto em suas análises, partiu-se de um enfoque teórico materialista histórico-dialético, que buscou captar o movimento de construção e reconstrução do objeto por meio do roteiro semiestruturado na categorização e análise após os resultados de campo, cotejados com a revisão bibliográfica do campo. Nesta busca do movimento do “era, é, tende a ser”, objetivou-se proporcionar um conhecimento crítico que contribua para a transformação social. Entre outras questões, a análise dos dados mostrou que as disciplinas tecnológicas ou tradicionais são ministradas por professores de ambos os sexos. Sobre os conteúdos de gênero, houve um conhecimento comum entre o conjunto de entrevistadas/os, ainda que em graus de conhecimento diferentes. Sobre gênero no currículo do curso, observou-se que, tanto no PPC de 2017 quanto no novo, de 2019, a temática aparece de forma semelhante, constando em algumas ementas e bibliografias de forma transversal. Em se tratando de raça, esta aparece no PPC de 2017 e de 2019, mas é detalhada apenas no último, indicando, inclusive, uma relação bibliográfica da qual devem ser extraídas as obras a serem trabalhadas transversalmente em várias disciplinas. Por fim, a transversalidade defendida por docentes ainda requer um aprofundamento para que gênero seja contemplado de forma mais abrangente na formação de bibliotecárias/os, sobretudo na UFAL.