Desenvolvimento de uma peneira de baixo custo para descascar sururu

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2023

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Resumo

A cadeia produtiva do sururu é caracterizada pelo sofrimento humano, desde à pesca ao seu envasamento. Ela pode ser dividida em etapas: pesca ou catação, lavagens, despinicagem, cozimento, descascamento ou desconchamento, envasamento e comercialização. A etapa para descascá-lo ou desconchá-lo, ocorre através do peneiramento. Ela é realizada majoritariamente por mulheres e crianças, as quais são submetidas a grandes esforços físicos, por se tratar de uma operação totalmente manual. Elas são expostas às péssimas condições ergonômicas e recebem a menor remuneração em toda a cadeia produtiva. Nesse contexto, enxerga-se a mecanização e a automação, como uma solução viável para reduzir o sofrimento humano e evolução dos processos e produtos. O objetivo deste trabalho, foi expor de forma organizada, as produções técnicas e intelectuais, durante o Programa de Pós-graduação Análise de Sistemas Ambientais, do Centro Universitário CESMAC, para desenvolver um protótipo construído com materiais reciclados ou reaproveitados, capaz de descascar o sururu e reduzir as dores das marisqueiras. Este protótipo para o peneiramento do sururu, deve elevar a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos nessa cadeia produtiva. A redução dos esforços físicos provenientes de seu uso, também, deverá minorar o surgimento e a incidência de lesões musculares e lesões. Para sua construção, foi iniciada uma pesquisa experimental, que abrangeu revisão de literatura, pesquisa de anterioridade patentária e uso de ferramentas e softwares para projeção, modelagem e fabricação. O protótipo é composto por um cesto perfurado e rotativo, através do qual os moluscos caem e as cascas ficam retidas em seu interior. Quanto ao seu funcionamento, ao ser acionado, um motor elétrico do protótipo produz o movimento rotacional do cesto perfurado e os sururus que atravessam os furos, caem sobre uma bandeja depositada na base do equipamento. Após a finalização da operação, os sururus devem ser coletados e as conchas devem ser descartadas ou reaproveitadas adequadamente. A pesquisa foi realizada no Laboratório Compartilhado de Inovação e Tecnologia (Colab), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL), Campus Maceió, com suporte de projetos fomentados por editais de inovação tecnológica, além de parcerias com instituições, organizações não governamentais e cooperativas. Ela inicia a transição para o processo fabril e deverá ser ampliada para gerar novos produtos, com objetivo de atender às demais atividades da cadeia produtiva do sururu. Atualmente, uma pesquisa sobre os impactos ergonômicos na etapa de peneiramento, está sendo desenvolvida, através desta, será possível avaliar os benefícios do uso do protótipo. E uma pesquisa para realização de testes com a finalidade de estabelecer os parâmetros ótimos operacionais, deverá ser realizada.

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Palavras-chave

Ergonomia. Economia socioambiental. Sustentabilidade ambiental. Pesca artesanal

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