Navegando por Autor "Tamano, Luana Tieko Omena"
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Item A pesca de arrasto de camarões no Povoado Pontal do Peba, Piaçabuçu, Alagoas - Brasil: aspectos socioeconômicos e ambientais.(2023-07-25) Calazans, Elíne Monteiro; Tamano, Luana Tieko Omena; http://lattes.cnpq.br/4206868438935017; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Lima Filho, Adalberon Moreira de; http://lattes.cnpq.br/5204293561529304; Romero, Renato de Mei; http://lattes.cnpq.br/9857771457585862Os camarões desempenham um papel de extrema importância como recursos pesqueiros nas comunidades onde estão presentes. Na região Nordeste do Brasil, a pesca de camarões é predominantemente realizada por pescadores artesanais em diferentes escalas, e possui uma relevância significativa nos aspectos sociais, econômicos e culturais. No estado de Alagoas, a captura artesanal de camarões é predominantemente realizada por meio de embarcações motorizadas que utilizam a técnica de arrasto duplo. O município de Piaçabuçu é atualmente o principal centro de produção pesqueira do estado. A atividade de pesca artesanal motorizada direcionada aos camarões marinhos ocorre no Pontal do Peba, Piaçabuçu, Alagoas, desde 1960. Essa atividade desempenha um papel importante na comunidade, fornecendo subsistência e renda para os pescadores artesanais locais. No entanto, é notável a falta de atenção por parte dos segmentos sociais e políticos responsáveis pelo planejamento da região em relação a esse setor da economia regional. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise abrangente dos aspectos socioeconômicos e ambientais relacionados à pesca de arrasto de camarões no Pontal do Peba, Piaçabuçu, Alagoas, Brasil. Para isso, foram utilizados métodos quali-quantitativos, como entrevistas com a utilização de um questionário semiestruturado, observações diretas, registros fotográficos e um diário de campo. A técnica de amostragem adotada foi a Snowball Sampling, conhecida como "bola de neve". Entre junho de 2022 e janeiro de 2023, foram realizadas entrevistas com 43 pescadores. A atividade pesqueira é de natureza artesanal e caracteriza-se pelo envolvimento da família. Observou-se uma exclusividade de homens envolvidos na atividade da pesca em si, com a presença de mulheres registrada apenas nas etapas pós-pesca. O perfil geral dos pescadores revelou baixo nível de escolaridade, forte conexão com a cultura local da pesca e alta dependência dos recursos pesqueiros. A maioria dos entrevistados depende exclusivamente da pesca como fonte de sustento. As pescarias são realizadas tanto durante o período diurno quanto noturno e cada arrasto tem uma duração média de três horas. Os pescadores trabalham de 8 a 12 horas por dia, com uma média de 10,6 horas (±1,4 horas). A maioria dos entrevistados (83,7%) afirmou não ser proprietária das embarcações que utilizam. A principal forma de conservação utilizada durante a pescaria foi o gelo. Os resultados evidenciaram uma alta dependência dos pescadores para com os atravessadores. Dentre os problemas ambientais na comunidade, os pescadores citaram: descarte de lixo, ausência de saneamento básico e mortalidade de tartarugas. Constatou-se que os pescadores apresentam percepção ambiental variada, enquanto apenas (30,2%) reconhece a pesca como capaz de causar impactos ao meio ambiente, a maior parte (69,8%) afirmam que a atividade não é capaz de causar danos ao meio ambiente. Grande parte dos pescadores (58,1%) relatou notar uma diminuição significativana quantidade de camarão capturado nos últimos anos. Um grupo significativo de entrevistados (28,5%), apesar de compreender a relevância do defeso, acreditam que o período estabelecido está incorreto. Foram identificadas duas principais formas de processamento para os camarões capturados: a filetagem e a defumação. Já para a parcela de peixes da fauna acompanhante que é aproveitada, foram citadas duas técnicas: evisceração e salga-secagem. Os resíduos resultantes do processamento dos camarões e peixes são descartados diretamente no mar. De modo geral, destaca-se a necessidade de incluir os pescadores como participantes ativos nas decisões relacionadas às políticas públicas direcionadas ao setor pesqueiro, ao manejo pesqueiro e à conservação ambiental.Item Boas práticas de manipulação, condições higiênico-sanitárias e composição mineral de sururu (Mytella falcata) comercializado em feiras livres de Alagoas(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Alagoas, 2022-07-29) Lucena, Vívian da Silva Santos; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Freitas, Johnnatan Duarte de; http://lattes.cnpq.br/4999402869058858; Lopez, Ana Maria Queijeiro; http://lattes.cnpq.br/4034568781881997; Tamano, Luana Tieko Omena; http://lattes.cnpq.br/4206868438935017O sururu (Mytella falcata) é o principal recurso pesqueiro do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), sendo produto fundamental para a geração de renda para dezenas de milhares de famílias que vivem no entorno das lagunas. Além da sua propensão natural a acumular contaminantes presentes no meio aquático, como metais tóxicos, a manipulação do sururu é inadequada, desde as etapas subsequentes à sua coleta até a sua disposição nos locais de comercialização. Com o presente trabalho, teve-se como objetivo realizar um diagnóstico das boas práticas de manipulação (BPM), das condições higiênico- sanitárias e da composição mineral do sururu em feiras livres dos municípios banhados pelas lagunas que compõem o CELMM. Para tanto, preparou-se e aplicou-se uma checklist a fim de orientar a observação das condições higiênicas das instalações, equipamentos e utensílios utilizados, manipulação e forma de exposição do produto, vestuário e utilização de equipamentos de proteção individual, destinação de resíduos, dentre outros, nas feiras de Maceió (Tabuleiro), Marechal Deodoro, Pilar, Satuba e Rio Largo. Para a investigação dos minerais, foram adquiridas amostras de todos os pontos de venda encontrados nas feiras dos municípios supracitados. Após procedimentos para obtenção dos extratos por digestão ácida, foram analisadas as concentrações de ferro (Fe), cobre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn), utilizando a técnica de espectrofotometria de absorção atômica, e de chumbo (Pb), seguindo o protocolo correspondente do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (SMEWW). Através da checklist proposta e aplicada, foi possível classificar as condições higiênico-sanitárias em todas as feiras visitadas como insatisfatórias. Apesar disso, é válido destacar que as maiores porcentagens de adequações foram observadas na feira de Rio Largo, onde a cessão do espaço para comercialização foi condicionada à participação em curso de capacitação em BPM de alimentos ofertado pelo município. A pesquisa envolveu, ainda, a aplicação de questionário para caracterização socioeconômica dos feirantes. Constatou-se a predominância de feirantes do sexo feminino, com baixa escolaridade, a venda de sururu e/ou outros pescados como única fonte de renda, alcançando com esta renda valor próximo a um salário mínimo. Quanto à composição de microminerais, as maiores concentrações em todas as amostras foram de ferro, superando em mais de quinze vezes os valores detectados de cobre, manganês e zinco. Já em relação ao metal tóxico chumbo, as amostras estiveram dentro do limite permitido em moluscos bivalves. Os resultados obtidos com este trabalho confirmam a importância do sururu, enquanto meio de vida, para inúmeras famílias que o comercializam em feiras livres e reforçam a necessidade de um esforço conjunto, dos feirantes e dos responsáveis pela gestão desses espaços, para proporcionar à população dessas localidades um ambiente propício à comercialização segura de alimentos. Além disso, faz-se necessário que as autoridades competentes investiguem continuamente os níveis de elementos-traço de alta toxicidade no CELMM, para que os benefícios do consumo de sururu pela população não sejam contrapostos pelo risco de contaminação.Item Boletim Técnico - Pesca de arrasto de camarões no Povoado Pontal do Peba, Piaçabuçu, Alagoas - Brasil: possíveis soluções para os desafios sociais, econômicos e ambientais(2023-07-25) Calazans, Elíne Monteiro; Araujo, Daniel de Magalhães; Tamano, Luana Tieko OmenaO PPT, desenvolvido a partir dos relatos dos pescadores entrevistados, é uma ferramenta estratégica que visa orientar políticas públicas e capacitar a comunidade local. Sua finalidade é oferecer dados concisos para impulsionar melhorias ambientais, sociais e econômicas, promovendo o desenvolvimento sustentável e envolver associações locais na resolução ativa de problemas.Item Desenvolvimento da carcinicultura marinha familiar no agreste de alagoas : avanços e desafios para uma produção sustentável(2023-01-23) Lemos, Fernanda Gomes; Bordinhon, André Moreira; http://lattes.cnpq.br/0982411313292542; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Tamano, Luana Tieko Omena; http://lattes.cnpq.br/4206868438935017; Pontes, Cibele Soares; http://lattes.cnpq.br/3943018673158703No Brasil, por muitos anos, a produção de camarão marinho esteve associada a regiões estuarinas, de apicum e manguezais. No entanto, os últimos anos dez anos, foi marcado por uma acentuada expansão para as regiões interioranas, a atividade conhecida como carcinicultura continental. No estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, a região do Agreste conta com os mais novos pólos brasileiros de produção do camarão Litopenaeus vannamei em águas continentais que são: Arapiraca, Craíbas, Coité do Nóia, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D’Água Grande e Taquarana. Para estes municípios, a atividade surgiu como alternativa para geração de emprego e renda aos agricultores que sofreram e ainda sofrem com o declínio da produção agrícola devido a inutilização das terras, pela sanilização ao longo dos anos das águas de rios, riachos e poços artesianos. Por ser relativamente recente na região, poucos são os registros acerca de sua implantação. Diante disso, teve-se por objetivo caracterizar a carcinicultura no Agreste alagoano a partir da investigação de seus participantes e seus modos de produção. Para tal, foram entrevistados 40 carcinicultores familiares por meio de um questionário semiestruturado. Ademais, foram realizadas observações livres e coletados os relatos informais durante os anos de 2020 a 2022. Constatou-se que a carcinicultura local teve início há pouco mais de três anos, e somente em 2018 ganhou caráter comercial tendo apresentado rendimento anual de até R$ 300.000,00. A atividade nos referidos municípios alagoanos tem sido feita com auxílio de consultoria técnica e com padrão de construção de viveiros de outros pólos produtivos, similar aos sistemas implatados no estado da Paraíba. Os produtores rurais, com o auxílio de profissionais e do conhecimento adiquirido ao longo do tempo, adaptaram-se a nova atividade produtiva, quando comparado à metodologia implantada no Agreste de Alagoas com outras regiões, é possível identicar peculiaridades quanto as características produtivas peculiares dos envolvidos e o ambiente de trabalho. Algumas aspectos da carcicultura do Agreste também chamam a atenção, a exemplo das variações de densidades de estocagem observadas em diferentes polos. Algo comum em todos os polos é a diminuição da densidade de estocagem em períodos chuvosos, alta pluviosidade que acarretaram em diminuição da temperatura da água, o que pode contribuir para a proliferação de patégeno do ambiente de cultivo. A análise dos questinários mostrou que agricultor familiar homens representam 82,5% do total de produtres do Agreste, enquanto as mulheres correspondem apenas a 17,5 %. Ambos os sexos trabalham na atividade, em média, 8h diárias. O tamanho das propriedades avaliadas varia entre 1 a 50 hectares, e os viveiros nelas construídos possuem entre 1000 m2 e 4000 m2, apresentando produção média de 500 kg a 4500 kg mensais por propriedade. O custo médio por quilograma de camarão produzido variou entre R$ 12,51 e R$ 13,64, sendo influenciado pela época do ano. Evidenciou-se que os pólos com maior relevância produtiva são: Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci e Limoeiro de Anadia. Entre os entrevistados poucos (17,5%) são os que têm a carcinicultura como sua principal fonte de renda, em sua maioria, os carcinicultores familiares diversificam a produção agropecuária para conseguirem renda suficiente para subsistência. A partir das entrevistas, foi possível identificar que mais de 80% dos proprietários receberam assistência técnica no em 2021. Por se tratar de uma atividade relativamente nova, ainda não se sabe ao certo quais impactos ou danos ambientais podem ser causados a longo prazo pela atividade nesta região. Neste sentido, a maioria dos carcicicultores (40%) afirma nunca terem sido visitados por órgãos fiscalizadores ambientais. Apesar disso, todos os entrevistados estão cientes da importância do licenciamento ambiental e afirmam ser esta uma etapa significativa para a produção de camarão. Com relação ao descarte de efluentes, a maior parte (55%) dos carcinicultores realizam o tratamento da água antes do descarte nos corpos hídrico. Contudo, a maior parte dos produtores (80%) não consideram a água gerada a partir dos viveiros prejudicial ao meio ambiente. De fato, a assistência técnica foi um dos fatores primordiais para a consolidação e sucesso da atividade produtiva na região. Os dados coletado com os entrevistados foram comparados com os dados coletados junto às secretarias muncipais de Agricultura, Meio Ambiente e Instituto de Meio Ambiente do estado, e dessa forma foi possível perceber que os órgãos ambientais e governamentais vinculados à atividade de carcinicultura ainda não possuem, em sua maioria, informações limitadas o que pode repercutir,diretamente, de forma negativa, no desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à Carcinicultura marinha. Além disso, é possível constatar a existência de barreiras quanto ao fortalecimento da atividade, sendo as questões vinculadas ao licenciamento ambiental as de maior relevância, entre elas: dificuldades em encontrar profissionais capacitados para realização dos serviços, os altos valores cobrados e a morosidade dos órgãos licenciadores.Item Educação para a conservação: ictiofauna e pesca de camarões no ambiente escolar(2023-07-25) Calazans, Elíne Monteiro; Araujo, Daniel de Magalhães; Tamano, Luana Tieko OmenaO material didático intitulado “Educação para a conservação: ictiofauna e pesca de camarões no ambiente escolar” visa abordar um tema de grande relevância na região costeira de Alagoas. O Pontal do Peba, localizado no extremo sul do estado, possui grande importância para a pesca de arrasto direcionada aos camarões, uma atividade econômica fundamental para a comunidade local. Entretanto, essa prática de pesca provoca impactos significativos no meio ambiente e na vida marinha, especialmente na ictiofauna, que é constituída por diferentes espécies de peixes. Os estudantes da Escola Municipal Deputado João Beltrão, localizada na comunidade do Pontal do Peba, em sua maioria, têm uma forte ligação com a vida marinha e a atividade de pesca. Essa sequência didática busca envolver de maneira específica os alunos do Ensino Fundamental em um processo de aprendizagem prática e relevante, atrelando o conteúdo com a vida cotidiana da comunidade local. A pesca de arrasto de camarões, apesar de contribuir de modo significativo como fonte de renda, enfrenta críticas no que concerne aos seus impactos ambientais, como a captura acidental de diversas espécies de peixes que não são alvo da pesca. Muitas dessas espécies desempenham um papel fundamental do ponto de vista ecológico. Com isso, torna-se fundamental que os alunos compreendam não apenas os desafios ecológicos associados à pesca de arrasto de camarões, mas, principalmente, o potencial de ação e conscientização que podem exercer como cidadãos. Durante a condução da sequência didática, os alunos serão estimulados a explorar, conhecer, refletir e, por fim, a agir de forma sustentável, com o objetivo de preservar a ictiofauna e o ecossistema marinho do Pontal do Peba. Espera-se que o material elaborado possa servir como suporte para os professores do Ensino Fundamental, auxiliando-os na inserção e abordagem do tópico da ictiofauna associada à pesca de camarão em suas aulas de Ciências. Isso tem como objetivo despertar o interesse dos alunos e envolvê-los em um processo de aprendizagem prática e relevante, ao mesmo tempo em que contribui para a sensibilização da população local e sua integração com o ecossistema e as questões ambientais.