Navegando por Autor "Santos, Gustavo Correia dos"
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Item Decolonialidades e ensino de espanhol: uma pesquisa-ação colaborativa na Educação Profissional e Tecnológica(2023) Santos, Gustavo Correia dos ; Cavalcanti, Ricardo Jorge de Sousa; Cavalcanti, Ricardo Jorge de Sousa; Lima, André Suêldo Tavares de; Meniconi, Flávia Colen; Lima, Jeylla Salomé Barbosa dos SantosEsta pesquisa, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT/Ifal), tem como objetivo principal identificar como se dão as práticas das/dos docentes de Língua Espanhola no Ifal - se são orientadas por uma perspectiva colonial, por uma decolonial ou, ainda, por uma perspectiva mista – além de compreender os fundamentos desse processo. Para isso, analisamos como se apresentam as questões relacionadas às línguas, culturas e identidades latino-americanas em um contexto natural e real: a sala de aula (MATOS, 2018, 2019, 2020). O estudo investigativo é qualitativo e seu referencial teórico está ancorado nos estudos que concernem à pesquisa-ação colaborativa (PIMENTA, 2007; IBIAPINA, 2008) e as diferentes modalidades de pesquisa-ação (TRIPP, 2005; THIOLLENT, 2011), cujos instrumentos metodológicos são: i) aplicação de questionários, ii) realização de entrevistas, iii) produção de narrativas autobiográficas. Almeja-se, com os resultados da investigação, poder contribuir para uma formação omnilateral (RAMOS, 2008; FRIGOTTO, 2009; MOURA 2013; CIAVATTA, 2014) e decolonial (FREIRE, 1987; CANDAU, 2016; MIGNOLO, 2008; QUIJANO, 2000; CASTRO-GÓMEZ e GROSFOGUEL, 2007; MALDONADO-TORRES, 2007; WALSH, 2009) de docentes de Língua Espanhola baseada na associação entre as dimensões do trabalho, da ciência e da cultura no processo formativo a partir do Produto Educacional (PE) que se presta à oferta de um Colóquio, no qual a participação dos professores de Língua Espanhola do Ifal se deu de modo voluntário. O Evento subsidiou a produção de um Portfólio, contendo todas as etapas percorridas para a sua elaboração, que compõe parte do processo de elaboração do PE. Como resultados, constatamos que a prática docente do componente curricular Língua Espanhola ocorre de maneira mista, ou seja, algumas vezes, colonial e outras decolonialmente, isto se deve, em grande parte, à formação inicial das docentes envolvidas nesse processo investigativo. Além disso, no que diz respeito às concepções de língua, cultura e identidades latinoamericanas, há um consenso entre as docentes ao afirmar que a língua e a cultura são indissociáveis, de modo que não é possível ensinar uma língua sem perpassar pela cultura do povo que fala essa língua, visto que, ambas, segundo as docentes, são a marca de um povo. Em suma, apesar desta prática docente, em alguns momentos, ser colonial, o que justifica o Produto Educacional desta dissertação, há de se salientar que o público investigado reconhece que a partir de uma educação decolonial é possível transformar o padrão das relações de poder, saber e do ser.Item Sexualidade outras: colonialidade de gênero e de sexualidade em enunciados da extrema-direita brasileira(2024) Assis, Lucas Santos de; Silva, Danillo da Conceição Pereira; Rocha, Maryana Josina Tavares da; Silva, Natália Luczkiewicz da; Santos, Gustavo Correia dosSituado no campo da Linguística Aplicada Indisciplinar (Moita Lopes, 2006), o presente artigo tem o objetivo de analisar três enunciados proferidos por figuras públicas da extrema-direita brasileira divulgados nos meios jornalísticos, e mostrar como eles relacionam sexualidades distintas da heterossexual à patologia, à anormalidade e ao desvio da natureza humana. Para tanto, em termos metodológicos, realizei uma revisão bibliográfica acerca da crítica decolonial (Mignolo, 2021; Quijano, 1999), apoiando-me especialmente nas questões de sexualidades e de gêneros, remontando a noção de Colonialidade de Gênero (Lugones, 2014); quanto uma análise dos três enunciados (Bakhtin, 2016) proferidos por agentes políticos da extrema-direita brasileira, colhidos das páginas de jornalismo digital, a saber: Revista Fórum, Metrópoles e O Dia, em publicações realizadas no ano de 2022. O trabalho de revisão bibliográfica e a análise dos enunciados permitiram-me argumentar sobre a dimensão constitutiva de ideologias coloniais sobre gêneros e sexualidades no discurso da extrema-direita brasileira, as quais retomam as lógicas de classificação e hierarquização de sexualidades outras que não aquelas validadas pela matriz subjetiva moderno-colonial. De modo geral, são mobilizados sentidos que produzem a patologização de modos de vida em conflito com a normatividade cisheterossexual, tomando-os como uma espécie de desvio da natureza humana, essa encarada como essencial, estável, binária e pré-discursiva.