Teses e Dissertações defendidas no IFAL
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Item Cactáceas brasileiras: compostos químicos, farmacologia e potencial biotecnológico(2023-07-28) Lins, Andressa Valéria Ferreira Minin de; Melo, Joabe Gomes de; http://lattes.cnpq.br/5180399418500159; Oliveira, Tiago Bento de; http://lattes.cnpq.br/4362217919311737; Cavalcanti, Deyvson Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/1705433658794154; Santos, Josiene Maria Falcão Fraga dos; http://lattes.cnpq.br/0789229130960422Cactaceae é uma família de plantas cujos representantes são conhecidos por sobreviverem e ocuparem os climas áridos e semiáridos do planeta. Para sobreviver nestes habitats essa família de plantas conta com uma série de adaptações morfológicas dentre as quais temos modificação de folhas em espinhos, capacidade de armazenamento de água, caule clorofilado, etc. Além da estrutura física para suportar as condições ambientais, as cactáceas contam também com uma série de químicos especializados, conhecidos como metabólitos secundários, que tem diversas propriedades de proteção para as plantas, mas que apresentam também efeitos interessantes em outros organismos e que por esta razão tem sido amplamente estudados por cientistas. Apesar do maquinário protetor com o qual as cactáceas foram equipadas, muitas delas estão ameaçadas de extinção fazendo surgir a necessidade de serem preservadas. Muitos estudos investigando o perfil fitoquímico e propriedades farmacológicas de cactáceas brasileiras foram realizados, porém nenhum abrangeu todas elas. Assim, surgiu a pergunta de pesquisa: o que já foi descoberto sobre a fitoquímica, farmacologia e biotecnologia de cactáceas do Brasil? A pesquisa foi realizada com o intuito de responder a este questionamento usando para isso a metodologia de revisão sistemática de literatura.Os resultados permitiram a construção de um panorama que servirá ao futuro das pesquisas com cactos brasileiros que tratem das temáticas aqui pesquisadas, isto é, a farmacologia, a fitoquímica e a biotecnologia de cactos do Brasil. Foram encontradas informações fitoquímicas para 50 cactáceas, farmacológicas para 31 cactáceas e patentes para 18 cactáceas. O desdobramento desse processo deu-se no capítulo um desta dissertação, que foi organizada em dois capítulos, sendo o segundo o desdobramento do produto técnico e tecnológico, que exprimiu o anseio de não aprisionar as informações aqui apresentadas dentro dos muros da academia. O produto foi o material didático intitulado “Cactos ao meu redor””, que é um material informativo sobre como os cactos estão presentes em diversos cenários e produtos do Brasil, bem como a importância ecológica da família botânica Cactaceae.Item Cactáceas medicinais brasileiras: diversidade ecológica, usos e potencial farmacológico(2023-01-27) Silva, Karine Gabriela Santos; Melo, Joabe Gomes de; http://lattes.cnpq.br/5180399418500159; Santos, Josiene Maria Falcão Fraga dos; Oliveira, Tiago Bento de; http://lattes.cnpq.br/4362217919311737; Cavalcanti, Deyvson Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/1705433658794154A família Cactaceae possui grande diversidade de espécies. No Brasil possui ocorrência de 81 gêneros e 483 espécies, no qual 15 gêneros e 206 espécies são endêmicos, sendo 37 gêneros e 275 espécies nativas do país. Os cactos possuem diversos usos e aplicações em diferentes culturas em todo o mundo, sendo utilizados como recurso alimentar humano, ornamental, forrageira, madeireira, lúdico, místico, medicinal, dentre outros; sendo amplamente utilizados pelo homem na medicina popular em todo o mundo. Contudo, nenhum estudoespecífico para a família Cactaceae englobando as espécies utilizadas para fins medicinais em todo o Brasil tinha ainda sido realizado, havendo então uma lacuna. Quais são as espécies da família cactaceae que são utilizadas medicinalmente pela população brasileira? Quais propriedades elas possuem? Considerando a importância de se conhecer a diversidade de plantas com finalidades terapêuticas, seus usos e as potencialidades das espécies de Cactaceae, este estudo visa realizar um levantamento a fim de responder à essas problemáticas, trazendo um contexto histórico-cultural quanto ao uso da família para finalidades medicinais no Brasil. Sendo assim, foi realizada a pesquisa através de uma revisão da literatura, seguida de diversas análises de dados. Foram reconhecidas 34 espécies de Cactaceae que são utilizadas medicinalmente no Brasil, com maior frequência as espécies: Cereus jamacaru, Opuntia ficus-indica, Melocactus zehntneri, Xiquexique gounellei e Harrisia adscendens; a primeira correspondendo à 52,9% dos trabalhos totais analisados neste estudo. As indicações terapêuticas mais comuns para os cactos no Brasil foram: “problemas nos rins”, “tosse”, “gripe”, “febre”, “inflamação” e “bronquite”. Duas espécies demonstraram elevado índice de importância relativa (IR): Cereus jamacaru - IR 2,0, que foi também a espécie mais versátil, seguida por Opuntia ficus-indica - IR 1,132. Os compostos fitoquímicos e ações farmacológicas das espécies foram caracterizados em outro levantamento realizado. Identificou-se uma variedade de espécies de cactáceas medicinais que são conhecidas e utilizadas em todo o país, relacionadas ao tratamento de diversos problemas de saúde nos diferentes sistemas corporais. Estudos como esse ajudam a resguardar os conhecimentos tradicionais propiciando a conservação da biodiversidade florística.Item Desenvolvimento da carcinicultura marinha familiar no agreste de alagoas : avanços e desafios para uma produção sustentável(2023-01-23) Lemos, Fernanda Gomes; Bordinhon, André Moreira; http://lattes.cnpq.br/0982411313292542; Araujo, Daniel de Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5837261784524743; Tamano, Luana Tieko Omena; http://lattes.cnpq.br/4206868438935017; Pontes, Cibele Soares; http://lattes.cnpq.br/3943018673158703No Brasil, por muitos anos, a produção de camarão marinho esteve associada a regiões estuarinas, de apicum e manguezais. No entanto, os últimos anos dez anos, foi marcado por uma acentuada expansão para as regiões interioranas, a atividade conhecida como carcinicultura continental. No estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, a região do Agreste conta com os mais novos pólos brasileiros de produção do camarão Litopenaeus vannamei em águas continentais que são: Arapiraca, Craíbas, Coité do Nóia, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D’Água Grande e Taquarana. Para estes municípios, a atividade surgiu como alternativa para geração de emprego e renda aos agricultores que sofreram e ainda sofrem com o declínio da produção agrícola devido a inutilização das terras, pela sanilização ao longo dos anos das águas de rios, riachos e poços artesianos. Por ser relativamente recente na região, poucos são os registros acerca de sua implantação. Diante disso, teve-se por objetivo caracterizar a carcinicultura no Agreste alagoano a partir da investigação de seus participantes e seus modos de produção. Para tal, foram entrevistados 40 carcinicultores familiares por meio de um questionário semiestruturado. Ademais, foram realizadas observações livres e coletados os relatos informais durante os anos de 2020 a 2022. Constatou-se que a carcinicultura local teve início há pouco mais de três anos, e somente em 2018 ganhou caráter comercial tendo apresentado rendimento anual de até R$ 300.000,00. A atividade nos referidos municípios alagoanos tem sido feita com auxílio de consultoria técnica e com padrão de construção de viveiros de outros pólos produtivos, similar aos sistemas implatados no estado da Paraíba. Os produtores rurais, com o auxílio de profissionais e do conhecimento adiquirido ao longo do tempo, adaptaram-se a nova atividade produtiva, quando comparado à metodologia implantada no Agreste de Alagoas com outras regiões, é possível identicar peculiaridades quanto as características produtivas peculiares dos envolvidos e o ambiente de trabalho. Algumas aspectos da carcicultura do Agreste também chamam a atenção, a exemplo das variações de densidades de estocagem observadas em diferentes polos. Algo comum em todos os polos é a diminuição da densidade de estocagem em períodos chuvosos, alta pluviosidade que acarretaram em diminuição da temperatura da água, o que pode contribuir para a proliferação de patégeno do ambiente de cultivo. A análise dos questinários mostrou que agricultor familiar homens representam 82,5% do total de produtres do Agreste, enquanto as mulheres correspondem apenas a 17,5 %. Ambos os sexos trabalham na atividade, em média, 8h diárias. O tamanho das propriedades avaliadas varia entre 1 a 50 hectares, e os viveiros nelas construídos possuem entre 1000 m2 e 4000 m2, apresentando produção média de 500 kg a 4500 kg mensais por propriedade. O custo médio por quilograma de camarão produzido variou entre R$ 12,51 e R$ 13,64, sendo influenciado pela época do ano. Evidenciou-se que os pólos com maior relevância produtiva são: Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci e Limoeiro de Anadia. Entre os entrevistados poucos (17,5%) são os que têm a carcinicultura como sua principal fonte de renda, em sua maioria, os carcinicultores familiares diversificam a produção agropecuária para conseguirem renda suficiente para subsistência. A partir das entrevistas, foi possível identificar que mais de 80% dos proprietários receberam assistência técnica no em 2021. Por se tratar de uma atividade relativamente nova, ainda não se sabe ao certo quais impactos ou danos ambientais podem ser causados a longo prazo pela atividade nesta região. Neste sentido, a maioria dos carcicicultores (40%) afirma nunca terem sido visitados por órgãos fiscalizadores ambientais. Apesar disso, todos os entrevistados estão cientes da importância do licenciamento ambiental e afirmam ser esta uma etapa significativa para a produção de camarão. Com relação ao descarte de efluentes, a maior parte (55%) dos carcinicultores realizam o tratamento da água antes do descarte nos corpos hídrico. Contudo, a maior parte dos produtores (80%) não consideram a água gerada a partir dos viveiros prejudicial ao meio ambiente. De fato, a assistência técnica foi um dos fatores primordiais para a consolidação e sucesso da atividade produtiva na região. Os dados coletado com os entrevistados foram comparados com os dados coletados junto às secretarias muncipais de Agricultura, Meio Ambiente e Instituto de Meio Ambiente do estado, e dessa forma foi possível perceber que os órgãos ambientais e governamentais vinculados à atividade de carcinicultura ainda não possuem, em sua maioria, informações limitadas o que pode repercutir,diretamente, de forma negativa, no desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à Carcinicultura marinha. Além disso, é possível constatar a existência de barreiras quanto ao fortalecimento da atividade, sendo as questões vinculadas ao licenciamento ambiental as de maior relevância, entre elas: dificuldades em encontrar profissionais capacitados para realização dos serviços, os altos valores cobrados e a morosidade dos órgãos licenciadores.Item O que sabemos sobre a governança ambiental em áreas protegidas? : Tendências e direcionamentos(2023-07-27) Santos, Henrique da Silva; Romero, Renato de Mei; http://lattes.cnpq.br/9857771457585862; Schiavetti, Alexandre; http://lattes.cnpq.br/7401911259032572; Melo, Joabe Gomes de; http://lattes.cnpq.br/5180399418500159A governança ambiental pode ser definida como a interação entre estruturas, processos e tradições que determinam como o poder e as responsabilidades são exercidas pelos atores interessados, para isso podem ser utilizados diversos instrumentos de governança. O seu uso tem crescido nos últimos anos, em especial, nas áreas protegidas. Neste trabalho, o nosso objetivo foi analisar os artigos indexados em duas bases de dados – Web of Science e Scopus – sobre a governança ambiental em áreas protegidas, dispondo-se estabelecer um panorama dos estudos a nível mundial. Para isso, a cienciometria, metodologia ligada às métricas, pode traçar os avanços científicos ao longo do tempo. Os dados foram processados nos softwares RStudio e Excel. Também foram elaborados mapas cloropléticos no programa QGIS 3.22.16. O estudo está dividido em: revisão de literatura; desenho do estudo, coleta, análise, visualização e interpretação dos dados. O intervalo de tempo da pesquisa foi de 1999-2022. Como resultado, 768 artigos foram localizados nas duas bases de dados, distribuídos em 222 periódicos, sendo realizados por 2555 autores. EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá, Brasil, México e Indonésia foram os países que mais se destacaram na produção científica. Como era esperado, a maior parte dos estudos está dentro das categorias governança e metodológica. Os resultados supracitados indicam que o uso da análise cienciométrica, se mostrou importante na identificação e monitoramento das pesquisas sobre governança ambiental em áreas protegidas. A avaliação dos conhecimentos produzidos é uma necessidade para todos os setores que fazem pesquisas, pois pode-se inferir sobre novas áreas de investigação, como também determinar e apontar para as lacunas no conhecimento.Item Viabilidade técnica do uso de topsoil na composição de susbstratos de espécies florestais da caatinga(2023-07-30) Andrade, Adriano Alves de; Cavalcante, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/0221717690546039; Santos, Cicero Gomes dos; http://lattes.cnpq.br/1756791175395693; Pereira, Rodrigo Gomes; http://lattes.cnpq.br/5651953026655989A mineração é um dos setores básicos da economia do país. Porém, gera grandes impactos ambientais, além de grande quantidade de resíduos. Para atender a legislação ambiental, o empreendimento deverá apresentar programas de recuperação de áreas degradadas. A produção de mudas é uma das ações executadas, que exige grande volume de substratos, geralmente comerciais, de alto custo. O topsoil, camada superficial do solo, é um resíduo com características físico-químicas com potencial de uso agrícola, presente em grandes quantidades, chegando a 33 mil m3 . Portanto, objetivo desta pesquisa foi conhecer a viabilidade técnica do topsoil adicionado a substrato comercial para produção de mudas de quatro espécies nativas da Caatinga. O experimento no delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial 5 x 4, com cinco níveis de topsoil (0, 25, 50, 75 e 100% de topsoil em substituição ao substrato comercial) e quatro espécies da Caatinga timbaúba (Enterolobium contorstisiliquum), canafístula (Peltophorum dubium), farinha seca (Abarema langsdorfii) e ipê branco (Tabebuia roseo-alba). Variáveis biométricas foram avaliadas para determinar a qualidade da muda. Considerando o número de folhas, não houve interação entre os fatores, em que as espécies timbaúba (8,0) e ipê branco (8,5) tiveram maiores médias, podendo usar 100% de topsoil. Para o diâmetro do coleto, 13,9 e 10,3% de topsoil são os limites máximos para canafístula e farinha seca. Para a altura da planta, 85,4% de topsoil é o recomendado para Timbaúba. Considerando o índice de qualidade de Dickson, para as espécies canafístula e ipê branco, 74,1 e 36,1% são os limites máximos de topsoil e, para farinha seca e timbaúba, pode-se utilizar até 100%. Com isso, será possível redução dos custos em até 77% na produção de mudas florestais.